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Brasil precisará ter postura ‘firme’ e ‘cuidadosa’ em guerra comercial de Trump, avaliam diplomatas

Trump admitiu que o Brasil pode ser incluído em uma nova rodada de tarifas

Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington - 05/02/2025 (Foto: REUTERS/Kent Nishimura)

247 - Diplomatas brasileiros avaliam que o país precisará ter uma postura ‘firme’ e ‘cuidadosa’ diante da guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informa o g1. Na última terça-feira (4), entraram em vigor tarifas sobre as importações da China, Canadá e México. Em discurso, Trump admitiu que o Brasil pode ser incluído em uma nova rodada de tarifas.

Um diplomata ouvido pela GloboNews afirmou que a atitude do governo Lula (PT) já está sendo cuidadosa, mas que “prudência não é deixar de responder", mas, sim, "saber o momento de responder". A equipe diplomática do Palácio do Planalto vai no mesmo sentido. Um diplomata do governo disse que a estratégia é manter uma postura de “cuidados, mas responsiva”, sendo “prudente e firme” ao mesmo tempo.

O diplomata Marcos Azambuja, ex-embaixador do Brasil na França e na Argentina, disse que o discurso de Trump "não foi promissor" porque o atual presidente dos Estados Unidos tem "convicções agressivas" e defende medidas como se o país fosse "vítima da sociedade internacional".

"O Brasil tem que ficar em alerta, atento e cuidadoso, sobretudo, porque o Trump tem uma agressividade natural, dele, uma violência contida nele, de modo que o Brasil tem que agir com grande firmeza, mas com grande prudência. O adversário é forte, as acusações dele não se fundamentam em nada que se justifique, mas ele tem hoje na China, Índia e Brasil a ideia de que seremos [...] os novos países a serem punidos", explicou.

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