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Brasil condena ocupação de área desmilitarizada na Síria por Israel

Brasil pede respeito ao direito internacional em meio a nova escalada de tensões no Oriente Médio

Da esq. para a dir.: Luiz Inácio Lula da Silva, Mauro Vieira (ministro das Relações Exteriores) e Benjamin Netanyahu (primeiro-ministro de Israel). Atrás deles está uma foto sobre conflitos na cidade de Jenin, na Cisjordânia (Foto: ABR | Reuters)

247 - O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, condenou nesta quinta-feira (12) a ocupação militar israelense de uma área desmilitarizada na Síria, situada entre as Colinas de Golã e o restante do território sírio. A informação foi divulgada oficialmente em nota do Ministério das Relações Exteriores, que apelou para o respeito ao direito internacional e à soberania territorial síria.

Segundo a CNN Brasil, a ocupação foi ordenada pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que no domingo (8) declarou ter instruído as forças militares de seu país a “assumirem o controle” da área. A decisão desencadeou uma série de reações internacionais. Segundo Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, a presença militar israelense viola o Acordo de Desengajamento de 1974, que estabelece a desmilitarização da região.

Reação brasileira e contexto internacional - Na nota oficial, o Itamaraty enfatizou que a ação israelense desrespeita tratados internacionais e compromete a estabilidade regional. “O governo brasileiro condena a ocupação... por efetivos das forças armadas israelenses... e insta Israel a respeitar o direito internacional, inclusive o direito internacional humanitário, bem como a independência, a soberania e a integridade territorial da Síria".

A escalada de tensões ocorre em um momento crítico para a Síria, que enfrenta profunda instabilidade desde a queda do regime de Bashar al-Assad em 8 de dezembro. Assad fugiu para Moscou, onde recebeu asilo político, segundo fontes russas.

Operações militares e conflitos regionais - Paralelamente, as Forças de Defesa de Israel (IDF) intensificaram operações militares na Síria, afirmando ter destruído reservas estratégicas de armas sírias e confiscado tanques e equipamentos bélicos na região de amortecimento ao sul do país.

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