Brasil condena ataques dos EUA e de Israel a usinas nucleares: "violação da soberania iraniana"
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores classificou as ofensivas como uma violação da soberania iraniana e do direito internacional
247 - O governo brasileiro manifestou, neste domingo (22), profunda preocupação com os recentes ataques militares conduzidos pelos Estados Unidos e por Israel contra instalações nucleares no Irã. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores classificou as ofensivas como uma violação da soberania iraniana e do direito internacional.
“Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica”, afirmou o Itamaraty, em tom contundente.
Segundo o governo brasileiro, ofensivas contra estruturas nucleares não apenas violam tratados internacionais, como colocam em risco direto a vida de milhares de civis. A nota ressalta que os ataques “representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala”.
O Brasil reiterou sua defesa do uso pacífico da energia nuclear e repudiou “com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio”.
Além de condenar as ações contra instalações nucleares, o governo também criticou os ataques recíprocos que têm atingido áreas densamente povoadas, causando número crescente de mortes civis e a destruição de infraestrutura essencial, como hospitais — que, conforme ressaltado, são “especialmente protegidos pelo direito internacional humanitário”.
Em meio à escalada de violência, o Itamaraty apelou pelo fim imediato do confronto e reforçou a necessidade de uma saída diplomática para o impasse. “O governo brasileiro reitera sua exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito”, diz a nota.
O posicionamento brasileiro alerta ainda para as implicações de longo prazo do atual cenário bélico: “As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear”.
Ao tomar partido em favor do diálogo e da legalidade internacional, o Brasil reforça seu histórico alinhamento com a diplomacia como instrumento de resolução de conflitos — sobretudo em contextos que ameaçam a segurança global.
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