HOME > Mundo

Ataque israelense mata jornalistas da Al Jazeera e destrói pronto-socorro em Gaza

Anas Al-Sharif, Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Daher e Mohammed Noufal foram mortos em bombardeio que também destruiu o pronto-socorro de hospital

A ofensiva contra a equipe da Al Jazeera, conhecida por sua cobertura próxima dos conflitos na Faixa de Gaza, representa um grave ataque à liberdade de imprensa e ao direito à informação em uma zona de guerra, onde a proteção dos jornalistas deveria ser prioridade conforme o direito internacional. (Foto: Reprodução)

247 - Tropas do exército de ocupação israelense lançaram neste domingo (10) um ataque aéreo contra uma tenda onde trabalhavam correspondentes da Al Jazeera, proxíma ao Hospital Al Shifa, na Faixa de Gaza. O ataque resultou na morte dos jornalistas Anas Al-Sharif e Mohammed Qreiqeh, além dos cinegrafistas Ibrahim Daher e Mohammed Noufal. 

O bombardeio também feriu outros profissionais da imprensa e destruiu o pronto-socorro da unidade médica, conforme relatado por fontes locais e pela Al Jazeera.

De acordo com o diretor do Complexo Médico Al Shifa, os correspondentes morreram em consequência direta do ataque aéreo que atingiu a tenda onde os jornalistas da emissora catariana trabalhavam. 

O ataque ocorre em meio a uma campanha de incitação promovida pelo porta-voz do exército israelense contra os jornalistas da Al Jazeera, que integra uma estratégia para esvaziar a região norte de Gaza de profissionais da imprensa e silenciar jornalistas.

Mais cedo, Israel afirmou ter atingido o jornalista da Al Jazeera Anas Al-Sharif, a quem acusaram de trabalhar para o movimento palestino Hamas. 

"Há pouco tempo, na Cidade de Gaza, as IDF atingiram o terrorista Anas Al-Sharif, que se passava por jornalista da rede Al Jazeera. Anas Al-Sharif atuava como chefe de uma célula terrorista da organização terrorista Hamas e era responsável por promover ataques com foguetes contra civis israelenses e tropas das IDF", afirmou o exército israelense na plataforma Telegram.

Em julho, a Al Jazeera rejeitou as acusações de Israel de que seus jornalistas, incluindo Anas Al-Sharif, trabalhavam para o Hamas, qualificando-as como uma campanha para justificar o assassinato dessas pessoas. (Com informações da Sputnik). 

Artigos Relacionados

Carregando anúncios...