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Antiglobalismo de Trump pode reduzir os gastos militares no mundo, diz Rui Costa Pimenta

Líder do PCO afirma que ex-presidente dos EUA representa um setor da burguesia interna norte-americana que rejeita os custos da política expansionista

Rui Costa Pimenta e Donald Trump (Foto: REUTERS | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – Em publicação no X (antigo Twitter), o Partido da Causa Operária (PCO) defendeu que a postura "anti-globalista" do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode levar à redução dos gastos militares no mundo. A declaração foi feita por Rui Costa Pimenta, presidente do partido, em uma análise sobre a política econômica e militar norte-americana.

"A política do Trump é uma política anti-‘globalista’. Um dos fatores dessa política ‘globalista’ é o déficit público, e o grande gasto são as questões militares. Por isso, ele falou: ‘tem que acabar com as guerras eternas’ — Iraque, Síria, Ucrânia, Palestina. Ele não quer esses gastos. Ele chegou a propor diminuir pela metade o gasto do Pentágono, algo gigantesco", afirmou Rui.

Segundo ele, sem uma redução do orçamento militar, o déficit público dos EUA continuará em ascensão. "A política do Trump, nesse sentido, é um sintoma de que a política de globalização se exauriu, se esgotou. Então aparece uma pessoa que vai dar marcha à ré no processo de globalização e no gasto militar", explicou.

O líder do PCO também argumentou que Trump representa os interesses de um setor da burguesia norte-americana que atua no mercado interno e tem sido prejudicado pela globalização. "Existe, nos EUA, uma burguesia cujos interesses são principalmente internacionais, enquanto outro setor tem interesses nacionais. O Trump, por exemplo, vem da construção civil, que atua de forma interna. A indústria leve também atua no mercado interno, como o setor de eletrodomésticos. Ele representa o interesse dessa gente, que está indo à falência devido à política globalista", disse.

Para Rui Costa Pimenta, a globalização econômica e a expansão do neoliberalismo levaram a um aumento da miséria nos EUA, aprofundando as contradições internas do sistema. "A promessa da política neoliberal era que a liberação dos mercados provocaria uma onda de desenvolvimento mundial. É uma tese quase religiosa, defendida por economistas como Mises, Hayek e Friedman — os malucos da economia que acreditam no poder milagroso do imperialismo. Na verdade, o que aconteceu foi que o neoliberalismo produziu um caos total", criticou.

Ele concluiu afirmando que a crise do capitalismo está fragmentando a burguesia norte-americana e forçando uma revisão da política expansionista do país. "A burguesia interna e a burguesia externa dos EUA entraram em choque devido à exportação de empresas para o México, a China, etc. Os empregos desapareceram e o mercado interno norte-americano começou a sofrer. O capital imperialista teve de sacrificar muito o país. Por isso, há 50 milhões de pessoas na miséria. Trump está reagindo porque tanta gente na miséria afeta o interesse da classe que ele representa. Esse embate deve ser compreendido a partir dos interesses econômicos, e não ideológicos", finalizou. Confira: 

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