Mercadante lamenta morte de Mino Carta e destaca legado democrático do jornalista
Presidente do BNDES ressaltou o pioneirismo da CartaCapital e prestou solidariedade à família
247 - O jornalista Mino Carta, fundador da CartaCapital e um dos nomes mais marcantes da imprensa brasileira, morreu nesta terça-feira (2), aos 91 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada pela revista que ele criou e dirigiu por três décadas. Segundo a publicação, Mino estava internado há duas semanas na UTI do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, em decorrência de problemas de saúde. A causa da morte não foi divulgada.
Em nota oficial, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, lamentou profundamente a perda. “Italiano de nascimento, Mino sempre foi uma voz forte e pujante do jornalismo brasileiro, tendo uma vida dedicada ao Brasil e à democracia”, afirmou.
Fundador da CartaCapital e referência da mídia independente
Mercadante destacou o papel inovador de Mino Carta ao criar, em 1994, a revista CartaCapital, que se consolidou como uma das principais publicações independentes do país. “Ao fundar a CartaCapital em 1994, o jornalista inovou e abriu espaço para a pluralidade de pensamento nas publicações semanais, sendo um dos precursores da mídia independente no país”, escreveu o presidente do BNDES.
Solidariedade à família
Na mensagem, Mercadante também prestou condolências à filha do jornalista, Manuela Carta, que atua como repórter e editora na revista. “Neste momento de tristeza, manifesto minha solidariedade e deixo meu abraço fraterno a todos os amigos, admiradores e familiares de Mino, especialmente à filha e também jornalista Manuela, que segue dando continuidade ao legado do pai".
Um ícone do jornalismo crítico
Nascido em Gênova, na Itália, em 1933, Mino Carta mudou-se ainda na infância para o Brasil, onde construiu uma das carreiras mais sólidas da comunicação nacional. Participou da criação de veículos como Jornal da Tarde, Veja, IstoÉ e, por fim, a CartaCapital, que se tornou símbolo de um jornalismo crítico, independente e profundamente comprometido com a democracia.
Seu legado segue como referência para novas gerações de jornalistas e leitores que reconhecem na sua trajetória um exemplo de coragem e compromisso com o debate público.