Eduardo Leite cobra passagem do gás de Vaca Muerta pelo RS, e não pela Bolívia
Megacomplexo energético argentino é decisivo para o polo petroquímico do RS
Por Leonardo Sobreira (247) - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), cobrou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para além de promover medidas de proteção comercial ao polo petroquímico, aplique novas medidas, voltadas ao fomento do setor, que tem peso forte na economia do estado.
"Para além das medidas tributárias e enfrentar o anacronismo do nosso modelo tributário, é importante também pensar em fatores como logística e energia. Não seremos competitivos simplesmente nos protegendo, e sim também fortalecendo nossas capacidades, diante de desafios, como nesses setore. Na questão da energia, o Rio Grande do Sul defende muito trazer o gás de Vaca Muerta, da Argentina, através do estado, ao invés de pela Bolívia", disse Leite, ao discursar no encontro anual da Indústria Química (Enaiq), no Theatro Municipal de São Paulo, na capital paulista, na noite de quinta-feira (6).
O evento foi promovido pela Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) e reuniu, além de autoridades federais e estaduais, os principais líderes das empresas e associações que atuam no setor no país.
Segundo Leite, o megacomplexo energético argentino é decisivo para o polo industrial do RS, que tem a segunda maior indústria petroquímica do país e gera, segundo o governo estadual, gera cerca de 20 mil empregos, direta ou indiretamente.
A Petrobras vem realizando desde outubro importações de gás natural via gasodutos, da Argentina até a Bolívia e de lá até o Brasil.

