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      Zeca Pagodinho cede terreno para horta que vai produzir alimentos para quem tem fome com capacidade para 40 toneladas

      A área, localizada aos pés da Reserva Biológica do Tinguá, já recebeu mais de 11 mil mudas de hortaliças e 50 espécies de árvores frutíferas

      Zeca Pagodinho (Foto: Reprodução/Facebook)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - De sandália e meia nos pés, Zeca Pagodinho caminha pela terra molhada, prova algumas folhas de rúcula e observa, satisfeito, o verde que se espalha no terreno de oito mil metros quadrados em Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ). A cena, registrada pelo jornal O Globo, faz parte da nova rotina do cantor e compositor, que cedeu a propriedade para a criação da Horta Urbana Xerém I — iniciativa que busca reforçar a segurança alimentar de famílias em situação de vulnerabilidade.

      A área, localizada aos pés da Reserva Biológica do Tinguá, já recebeu mais de 11 mil mudas de hortaliças e 50 espécies de árvores frutíferas, entre abóbora, beterraba, espinafre, limão e maracujá. A expectativa é que, em plena produção, o espaço gere até 40 toneladas de alimentos por ano. De início, dez famílias serão beneficiadas diretamente, mas o projeto também prevê o abastecimento de creches, escolas públicas e cozinhas solidárias de Xerém.

      O trabalho é fruto de uma parceria entre o Instituto Zeca Pagodinho (IZP), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a Embrapa e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, com recursos de emenda parlamentar da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Agricultores formados pelo IZP atuarão no local e, além de receberem salários, terão acesso aos primeiros alimentos colhidos.

      Zeca lembra como a realidade local o inspirou: “Quando chegamos (a Xerém), era tudo barro. Tinha bem poucas famílias. Muitas vezes vi as pessoas passando necessidade. Quando estou aqui, não tem isso. Já viu o tamanho das panelas de comida? Para todo mundo que entra aqui (no sítio), eu pergunto: ‘Já almoçou?’ Pobre, rico, polícia, otário, malandro...”.

      Segundo Louiz Carlos da Silva, filho de Zeca e diretor-geral do IZP, o instituto começou voltado para a música, mas expandiu sua atuação. “Decidimos focar na capacitação de agricultores para pequenos espaços. A ideia era ensinar técnicas que eles pudessem usar nos quintais deles e ter suas produções. Queremos desenvolver as pessoas para que, no futuro, possam andar com as próprias pernas e não precisem de doações”, explicou.

      Parte da produção será vendida ao município de Caxias por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), enquanto o restante será distribuído gratuitamente a famílias cadastradas. Para Cynthia Souza, gestora ambiental do IZP, o projeto dialoga com um conceito mais amplo: “A sustentabilidade tem quatro pilares: o ambiental, o social, o econômico e o cultural, que muitas vezes é o mais difícil de ser trabalhado. Como o instituto começou com foco no aspecto cultural, conseguimos inserir os outros pilares”.

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