Patroa é presa em Portugal suspeita de matar babá brasileira desaparecida
O caso gerou comoção entre brasileiros que vivem em Portugal e reacendeu o debate sobre a vulnerabilidade de trabalhadores imigrantes
247 – A brasileira Lucinete Freitas, de 55 anos, que estava desaparecida desde o início de dezembro em Portugal, foi encontrada morta na última sexta-feira (19), e a principal suspeita do crime é a patroa para quem ela trabalhava como babá. A mulher, que também é brasileira e teve a identidade preservada pelas autoridades, foi presa sob acusação de homicídio qualificado.
As informações foram divulgadas inicialmente pelo RT Brasil e confirmadas pelo portal Metrópoles, que ouviu o marido da vítima, José Teodoro Jr., nesta segunda-feira (22).
O corpo de Lucinete foi localizado em uma área de mata, afastada da zona urbana, em território português. Segundo a Polícia Judiciária, responsável pela investigação, o crime teria ocorrido por um motivo considerado fútil, conforme os elementos apurados até o momento.
De acordo com as autoridades, desde o registro do desaparecimento foi conduzida uma investigação contínua, que resultou tanto na localização do corpo quanto na identificação da suspeita. A prisão foi efetuada com base em indícios e evidências reunidas ao longo da apuração, levando à acusação formal de homicídio qualificado.
Lucinete estava desaparecida desde o dia 5 de dezembro. Natural do Ceará, ela vivia sozinha na cidade de Amadora, na região metropolitana de Lisboa, onde havia conseguido emprego como babá. Segundo o relato do marido, no dia do desaparecimento ela teria saído para visitar um imóvel, com a intenção de alugá-lo e organizar a mudança definitiva da família para Portugal.
Após esse dia, Lucinete deixou de responder a mensagens e ligações. Preocupado, o marido tentou obter informações junto à empregadora da esposa, sem sucesso. A família da vítima vive em Fortaleza (CE) e planejava se mudar para Portugal em 2026.
Lucinete havia viajado sozinha para o país europeu em abril de 2025, com o objetivo de iniciar a nova etapa da vida da família. Ela era mãe de um adolescente de 14 anos, que permaneceu no Brasil.
O caso gerou comoção entre brasileiros que vivem em Portugal e reacendeu o debate sobre a vulnerabilidade de trabalhadores imigrantes, especialmente mulheres, em situações de dependência econômica e informalidade no exterior.


