TV 247 logo
      HOME > Esporte

      ‘Leoas’ do Brasil fazem história com prata inédita no Mundial de ginástica rítmica no Rio

      Conjunto brasileiro emociona torcida e alcança melhor resultado da modalidade em campeonatos mundiais

      Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves (Foto: Ivan Carvalho/CBG)
      Otávio Rosso avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - O Brasil viveu uma noite histórica na ginástica rítmica. O conjunto nacional conquistou, neste sábado (23), uma inédita medalha de prata no Campeonato Mundial da modalidade, realizado na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro. A conquista foi definida após apresentações de alto nível, embaladas por clássicos da música brasileira, e levou o público ao delírio.

      Formado por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves, o grupo brasileiro somou 55.250 pontos nas séries mista (três bolas e dois arcos) e simples (cinco fitas). O desempenho colocou o país na vice-liderança, atrás apenas do Japão, que fechou a disputa com 55.550 pontos. A Espanha completou o pódio, levando o bronze com 54.750.

      Superação após frustração em Paris

      A emoção tomou conta da equipe e da torcida após a confirmação da medalha. Para a técnica Camila Ferezin, o resultado é simbólico: “Foi uma redenção. O que passamos em Paris foi muito triste. Hoje saímos honradas dentro da nossa casa, com a torcida conosco. Fizemos também por Déborah Medrado e Victória Borges”, disse, lembrando das ginastas que ficaram fora por lesão na última Olimpíada.

      Naquele ciclo, o Brasil tinha chances reais de subir ao pódio, mas uma contusão impediu a equipe de avançar às finais. Desta vez, a história foi diferente: as “leoas” mostraram resiliência e deram a volta por cima.

      Torcida vibrante e apresentações marcantes

      O público foi protagonista em diversos momentos. Após a execução do hino japonês na cerimônia de premiação, a torcida brasileira entoou o próprio hino, emocionando atletas e comissão técnica. Durante as séries, o espetáculo também foi embalado por músicas que arrancaram aplausos e vozes da arquibancada, como Evidências, de Chitãozinho & Xororó, e O que é o que é, de Gonzaguinha.

      Na estreia, com a série mista, o Brasil cravou 27.850 pontos e superou até mesmo a favorita China, atual campeã olímpica. A performance firme e sincronizada arrancou gritos da plateia e demonstrou a força da preparação. Já na série simples, apesar de pequenos deslizes, a equipe manteve o nível e alcançou 27.400 pontos.

      “Paris foi doloroso, mas aqui deixamos a marca do nosso time: união, força e resiliência. Antes de entrar, nos olhamos, nos abraçamos e rugimos. Somos leoas”, destacou Nicole Pircio.

      Bastidores da preparação

      Para se preparar para a pressão, a equipe treinou ouvindo o som da torcida do Flamengo em volume máximo, simulando a intensidade que encontraria na arena. Segundo a capitã Duda Arakaki, essa estratégia ajudou a lidar com a energia do público.

      “A gente se superou fazendo o que sempre fazemos: trabalhar”, disse Duda.

      A assistente técnica Bruna Martins revelou que cada detalhe das coreografias foi pensado estrategicamente: “São séries competitivas para entrar no jogo mesmo. Cada lançamento é como um pênalti sendo cobrado”, comparou.

      Relacionados

      Carregando anúncios...