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“O PSOL está mais vivo do que nunca e pronto para reorganizar a esquerda”, diz Talíria

Talíria Petrone defende que o PSOL tem papel essencial na reconstrução do campo progressista e no fortalecimento da base social do governo Lula

“O PSOL está mais vivo do que nunca e pronto para reorganizar a esquerda”, diz Talíria (Foto: ABR)

247 - Durante entrevista ao programa Bom Dia 247, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) afirmou que o PSOL vive uma nova fase de fortalecimento político e de conexão com as demandas populares. A parlamentar destacou que o partido — ao qual pertence o novo ministro Guilherme Boulos — tem a missão de “reorganizar a esquerda brasileira” e seguir “expressando as agendas do povo trabalhador”.

A deputada analisou a entrada de Boulos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltando que a presença dele no ministério “é uma sinalização importante do governo Lula para a esquerda brasileira”. Segundo Talíria, a nomeação consolida o espaço do PSOL dentro da frente ampla e reforça a identidade socialista da legenda. “O PSOL tem um lugar na frente ampla e esse lugar é a esquerda. É apresentando uma agenda pro Brasil que envolve o fim da escala 6x1, os direitos dos trabalhadores de aplicativo, a reforma agrária e a taxação dos bilionários”, afirmou.

O papel do PSOL no governo e o fortalecimento da esquerda

Para Talíria Petrone, a atuação de Boulos no Executivo é coerente com sua trajetória nos movimentos populares e com a história do partido. “Não importa onde este militante vai estar, eu tenho certeza de que ele vai seguir orgulhando o PSOL”, declarou. Ela destacou que a nomeação representa a continuidade da aliança entre o movimento social e a luta institucional, pilares que sustentam o PSOL desde sua fundação.

Ao ser questionada sobre o impacto da saída de Boulos da Câmara dos Deputados, Talíria afirmou que o partido está preparado para o desafio eleitoral. “O PSOL precisa e vai cumprir a cláusula de barreira. Temos quadros como Érica Hilton, Luciene Cavalcante e Sâmia Bomfim, que ampliam nossa presença política e representam as agendas do povo brasileiro”, disse.

Conexão com o povo e crescimento político

A deputada refutou a ideia de que o PSOL seria um partido restrito à classe média universitária. Segundo ela, o crescimento eleitoral da legenda mostra enraizamento nas periferias e entre os trabalhadores. “Não é possível ter quase 200 mil votos só de universitários. Tenho votos em municípios populares, como São Gonçalo e Duque de Caxias. O PSOL está espalhado pelo estado e tem voto popular, muito além da bolha da Zona Sul do Rio”, explicou.

Ela defendeu que o desafio central da esquerda é “chegar ao coração do povo trabalhador”, tarefa que exige atuação nos territórios e comunicação eficiente. “As agendas que a gente defende — como a taxação dos bilionários, o fim da escala 6x1 e a tarifa zero — são as agendas do povo trabalhador. Mas o coração do povo muitas vezes é capturado por um pensamento conservador. Precisamos disputar essa narrativa”, afirmou.

Perspectivas para o futuro

Talíria também comentou sobre a ampliação da base do PSOL, citando conversas com figuras de outros campos progressistas. “Estamos namorando Manuela D’Ávila e outros quadros que podem fortalecer o partido. Quem tem compromisso com o povo brasileiro sabe que a primeira tarefa é derrotar a extrema direita e consolidar um ciclo democrático no país”, disse.

Para a deputada, o PSOL será peça-chave na sustentação de um novo ciclo democrático e popular. “O partido está mais vivo do que nunca, mais conectado do que nunca com as demandas do povo brasileiro e mais pronto para as tarefas que a esquerda tem neste momento tão difícil do mundo e do nosso país”, concluiu. Assista:

 

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