Maria do Rosário: "ciranda financeira" dos juros altos drena cofres públicos
Deputada também denuncia em entrevista propostas "indecorosas" da direita para cortar bilhões de reais. Assista na TV 247
247 - A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) fez duras críticas, em entrevista à TV 247, à atual taxa básica de juros do Brasil e ao comportamento do mercado financeiro diante da condução econômica exitosa do governo Lula. A parlamentar classificou como injustificável a manutenção da Selic em patamar elevado, apontando que os indicadores concretos do estado da economia atual não respaldam essa decisão.
“Cada ponto percentual de juro aumenta enormemente a dívida pública, dinheiro que sai dos cofres públicos para fazer essa ciranda financeira e fazer o pagamento da dívida”, afirmou Maria do Rosário, alertando para o impacto da política monetária no orçamento público.
Ela também denunciou a pressão do Congresso por um novo corte de gastos, que visa retirar recursos de áreas sociais essenciais. Segundo a deputada, há uma tentativa explícita da direita de impor medidas lesivas ao povo brasileiro com cortes sobre serviços básicos. “A direita apresenta propostas 'indecorosas' para obter os 20 bilhões necessários no orçamento”, criticou.
Em sua análise, a deputada destaca que o governo Lula tem retomado políticas fundamentais para a população, que agora são ameaçadas por propostas neoliberais que visam cortar verbas de áreas sociais. “O que é impossível a receita que os neoliberais querem impor ao governo do presidente Lula, que recuperou o salário mínimo, as políticas de educação, saúde e habitação. O mercado quer cortar essas políticas, cortar recurso no atendimento à população, o que é inaceitável”, disse.
Maria do Rosário defendeu a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de buscar novas fontes de receita com tributação mais justa. “O ministro Haddad propôs trabalhar com o IOF, porque tributar ali, e o LCI e o LCA, que pagam zero de IR, menos do que um professor”, apontou.
A deputada lembrou ainda que o atual cenário econômico do país não sustenta a política monetária atual, citando avanços do governo na contenção da inflação e no fortalecimento do emprego. “Estamos com uma inflação controlada e com pleno emprego. Mesmo a inflação de alimentos que subiu no começo do ano começou a recuar, com medidas efetivas do governo. É claro que o ataque de Israel ao Irã afetará, mas o Brasil pode ser autossuficiente nos alimentos e nutrição. Comida não é só commodity, precisamos assegurar mais no mercado interno”, explicou.
Ela também ressaltou os efeitos nocivos dos limites do poder do Executivo diante da autonomia do Banco Central. “A redução dos juros não depende só do governo. Tivemos a aprovação nos governos passados da autonomia do Banco Central, que o retirou da alçada de poder governamental para tratar a política monetária como parte da política de desenvolvimento econômico”, concluiu.
Assista:
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: