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      Júnior Yanomami: "Governo Lula trouxe felicidade de volta aos indígenas"

      Confira alguns números e veja também as ações do governo para o território indígena

      Júnior, Cláudia Yanomami, Lula e indígenas (Foto: Reprodução / 247 I Ricardo Stuckert / PR I Fernando Frazão / Agência Brasil)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - Duas lideranças da Terra Indígena Yanomami destacaram a importância das ações do governo Lula para os nativos que se encontravam a situação deplorável, com fome e doenças, por conta do desmonte de políticas públicas entre 2016 e 2022, quando o ultraliberalismo foi a marca da gestão presidencial no Brasil. Cerca de 32 mil indígenas, que vivem em 392 comunidades nos estados de Roraima e Amazonas. A terra indígena tem 9,5 milhões de hectares, conforme o governo. A Medida Provisória do governo transformada na lei 14.922/2024 abriu crédito extraordinário superior a R$ 1 bilhão para a proteção da Terra Indígena Yanomami.  

      Em entrevista ao 247, Junior e Claudia Yanomami falaram sobre as dificuldades de chegar ao local e também comentaram sobre a construção de um hospital para atender os indígenas. A obra foi orçada em R$ 23 milhões. A previsão é de que o hospital fique pronto em 2025, para atender cerca de 10 mil indígenas espalhados em 60 comunidades.

      “O Território é complexo. Para chegar aqui, só de avião. Agora estamos retornando…ser feliz de novo”, relatou Júnior, acrescentando que o hospital é um “centro de referência”. “Trabalho muito importante que está tendo resultado. Garimpeiros tentando resistir. Saem e voltam”. 

      Na entrevista, Claudia quis “parabenizar Lula”. “Pensa nas minorias. Tem a construção de um hospital. Crianças estão saudáveis, gordinhas. Parabenizar Lula, que pensa no povo. Ele veio na tragédia. Tenho a felicidade de testemunhar uma obra. Algo indescritível. Não tem líder político no planeta, nenhum líder de Estado pensou no povo.… nessa questão indígena. ”. 

      O Ministério da Saúde investirá mais de R$ 15 milhões para abrigar 54 profissionais de saúde no Centro. A Central Única das Favelas (Cufa), a Frente Nacional Antirracista (FNA) e a ONG alemã Target Reudiger Nehberg, investirão mais R$ 8 milhões.

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      Lideranças anunciando a construção de hospital. Foto: Walterson Rosa /MS

      Números

      De acordo com informações divulgadas em julho pelo chefe da Casa de Governo para TI Yanomami, Nilton Tubino, eram “4.750 hectares de garimpo ativo em uma franja de 2,5 milhões de hectares na Terra Indígena Yanomami” em março de 2024. O número diminuiu para 182 hectares em junho de 2025, redução de quase 97%. “O valor de prejuízo ao garimpo é de R$ 396 milhões”.

      Segundo o Informe 7 do Centro de Operações de Emergências (COE), divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 5 de maio de 2025, o número de mortes na população Yanomami caiu 21% entre 2023 e 2024, ao passar de 428 para 337 óbitos. As mortes por infecções respiratórias agudas diminuíram 47%; por malária, 42% e por desnutrição, 20%. 

      Foi constatada uma alta de 65% de doses aplicadas com as vacinas de rotina recomendadas durante a Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional Yanomami - 53.477 doses em 2024 contra 32.352 em 2023. 

      A desnutrição grave, caracterizada por muito baixo peso para idade, de crianças menores de cinco anos, registrou baixa de 24,2% em 2023 para 19,2% em 2024. 

      Mais dados

      Entre as apreensões mais expressivas, a Polícia Rodoviária Federal interceptou 21,6 quilos de ouro escondidos na estrutura de uma caminhonete durante fiscalização na BR-174, em Rorainópolis (RR). Avaliado em mais de R$ 10 milhões, o minério tinha como destino áreas fora da Amazônia. Dois indivíduos foram detidos e encaminhados à sede da Polícia Federal em Boa Vista.

      Ainda na capital de Roraima, a Polícia Federal apreendeu outros 7,8 quilos de ouro extraído ilegalmente, com valor estimado em R$ 3 milhões, no aeroporto local. Com isso, as operações realizadas até o momento já somam mais de 33 quilos de ouro apreendidos em 2025.

      Na área de fronteira com a Guiana, foram confiscados 103 quilos de mercúrio, substância altamente tóxica utilizada no beneficiamento de minérios, cujo valor ultrapassa os R$ 300 mil. Outras ações resultaram na apreensão de mais 123 quilos do mesmo material, totalizando 226 quilos retirados de circulação.

      O cerco ao garimpo também envolveu a destruição de estruturas essenciais à atividade ilegal. Foram inutilizados mais de 80 mil litros de óleo diesel, interditados postos clandestinos de abastecimento e eliminadas mais de 50 pistas de pouso utilizadas por aeronaves de apoio logístico. Além disso, 1.063 motores e 120 toneladas de cassiterita foram apreendidos, e 26 aviões usados no transporte de equipamentos foram destruídos, desmontando a infraestrutura de suporte ao garimpo.

      As operações realizadas ao longo do ano envolveram 19.365 abordagens e resultaram em 2.516 autuações, 229 notificações e 159 prisões. As penalidades aplicadas somaram R$ 11,4 milhões em multas. No total, estima-se que os prejuízos impostos às atividades ilegais já ultrapassem R$ 267 milhões, desarticulando financeiramente redes envolvidas na extração mineral clandestina em território Yanomami.

      As medidas integram uma ofensiva do governo Lula para proteger os povos indígenas e preservar o meio ambiente, com foco especial na defesa da Terra Indígena Yanomami, constantemente ameaçada pela ação predatória do garimpo ilegal.

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