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“Israel é o regime mais criminoso desde o fim do nazismo”, diz Breno Altman

Jornalista cobra Lula por rompimento imediato com Israel e denuncia apoio da bancada do PT ao “Estado genocida"

(Foto: Divulgação | REUTERS/Ronen Zvulun)
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247 – Em análise publicada no canal Opera Mundi, o jornalista Breno Altman afirmou que o Estado de Israel atua sob uma lógica colonial e racista “empalmada pelo nazismo” e defendeu que o governo brasileiro rompa imediatamente as relações diplomáticas e comerciais com o país. A fala tem como pano de fundo a intensificação da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, denunciada por Altman como um “genocídio do povo palestino”.

“Os líderes sionistas são nazi-judeus. Essa casta se apropriou do antissemitismo e do Holocausto como narrativa para impor seu próprio colonialismo, seu próprio racismo, seu próprio apartheid”, declarou. Segundo ele, ao contrário de Adolf Hitler, que tentou esconder os crimes cometidos nos campos de extermínio, “os chefes sionistas cometem seus crimes a céu aberto. Muitos os reivindicam como destino divino”.

O jornalista condenou duramente a omissão da comunidade internacional diante da violência, mas também destacou o crescimento das mobilizações em solidariedade à Palestina. “Milhões foram às ruas desde outubro de 2023 exigindo embargos de armas, mercadorias e créditos ao regime sionista. Essa mobilização, provavelmente a maior desde a guerra do Vietnã, começa a trazer resultados”, afirmou, citando medidas recentes adotadas por países como Espanha, Reino Unido e França — que, segundo ele, ainda são insuficientes.

Altman também criticou com veemência o chamado “trio de ferro do Sul Global” — China, Rússia e Brasil — por manterem relações com Israel. “Sejamos honestos: continuam limitando sua atitude a declarações públicas e manobras diplomáticas, preservando as relações com o Estado genocida”, afirmou.

Num dos trechos mais incisivos da análise, Altman volta-se ao cenário político brasileiro e acusa setores da esquerda de conivência com o sionismo. “A esquerda brasileira está em dívida com a causa palestina. Nós todos estamos”, disse. Ele lembrou a aprovação unânime, no Senado Federal, do “Dia da Amizade Brasil-Israel”, em 20 de maio, com votos favoráveis inclusive da bancada do PT. “Que vergonha, que humilhação”, declarou.

Apesar das críticas, Altman reconheceu a firmeza de Lula em declarações recentes. “O presidente novamente se manifestou em termos duros contra o genocídio palestino, denunciando a morte de nove dos dez filhos da médica palestina Alaa Al Najar em ataque aéreo de Israel”, lembrou. No entanto, ponderou: “Foram palavras corajosas, mas insuficientes. A hora é para coragem na ação”.

Na avaliação do jornalista, Lula deve vetar imediatamente a lei aprovada pelos senadores e liderar uma campanha internacional de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel, nos moldes do movimento global contra o apartheid na África do Sul. “Uma campanha desse tipo poderia dar ao presidente Lula respaldo interno para fazer o que deve ser feito”, argumentou. “Exigindo imediato cessar-fogo na Faixa de Gaza, com a troca de prisioneiros e a abertura de caminhos para o surgimento do Estado Palestino.”

Altman encerrou com um apelo: “Muitos outros governos e nações, tenho certeza disso, acompanhariam a decisão do presidente Lula. Milhões de ativistas e manifestantes nos países centrais do capitalismo se sentiriam revigorados, fortalecidos, animados pela voz do presidente Lula”. Assista: 

 

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