"Estamos perante a instauração de uma nova forma de ditadura nos Estados Unidos da América", diz Pedro Serrano
Jurista Pedro Serrano alerta para medidas de exceção adotadas pelo governo Trump que ameaçam direitos fundamentais e a tradição democrática norte-americana
247 - Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o jurista Pedro Serrano expressou profunda preocupação com as recentes ordens executivas emitidas pelo governo de Donald Trump, apontando para um ataque sem precedentes aos direitos e à democracia nos Estados Unidos. Serrano afirmou que tais medidas configuram uma nova forma de ditadura no país.
Serrano destacou que as ações do governo norte-americano representam "um imenso ataque a toda a tradição discursiva da sociedade norte-americana". Ele enfatizou que, embora não se trate de uma ditadura nos moldes do século XX, as medidas adotadas suspendem a eficácia plena da Constituição dos Estados Unidos.
O jurista comparou o atual cenário norte-americano com períodos sombrios da história, questionando: "Daqui a cem anos, os nossos bisnetos vão estar falando de Trump como se falava de Hitler?". Ele alertou para a possibilidade de, no futuro, a sociedade se perguntar como os americanos puderam conviver com tais medidas sem reagir adequadamente.
Serrano criticou a falta de atenção da mídia e de setores progressistas em relação à gravidade das ordens executivas, afirmando que "as pessoas não estão enxergando" a profundidade do problema. Ele ressaltou que não se trata apenas de questões econômicas ou tarifárias, mas de um "imenso ataque aos direitos" que exige uma reação firme dos democratas e progressistas em todo o mundo.
O jurista também apontou para a legitimação estatal de práticas como tortura, perseguição física, aprisionamento sem processo e censura à ciência e à arte, destacando que "nunca houve nada semelhante ao que foi o nazismo, por exemplo, na Segunda Guerra Mundial, como nós estamos vendo agora nas democracias ocidentais".
Serrano enfatizou a necessidade de uma reação imediata das instituições norte-americanas, especialmente do Judiciário, para conter o avanço dessas medidas autoritárias. Ele alertou que, caso contrário, "estaremos diante de uma ditadura nos Estados Unidos da América", uma ditadura própria do século XXI, caracterizada por um estado de exceção implementado por meio de medidas de exceção.
O jurista concluiu destacando a importância de reconhecer a gravidade do momento atual e a necessidade de vigilância constante para proteger os valores democráticos e republicanos que fundamentam a sociedade norte-americana. Assista:
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