Brasil retira 26,5 milhões de pessoas da fome em dois anos, diz Wellington Dias
Ministro afirma que Brasil saiu do mapa da fome e destaca programas como Bolsa Família, Gás do Povo e auxílio à agricultura familiar
247 - Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e transmitido pelo Canal Gov, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, apresentou um balanço das políticas sociais do governo federal. De acordo com ele, em dois anos, o Brasil conseguiu retirar 26,5 milhões de pessoas da fome, resultado que recolocou o país fora do mapa da fome da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Dias destacou que a meta do governo é não apenas garantir comida na mesa da população vulnerável, mas criar condições para que essa situação não se repita. “Entrou no Bolsa Família uma vez, nunca mais volta à fome. Se perder o emprego, volta automaticamente para o programa”, explicou o ministro.
Políticas sociais e impacto econômico
Wellington Dias ressaltou que o Brasil alcançou a menor taxa de miséria da história recente, reduzindo de 9% em 2022 para 4% em 2025. Ele também afirmou que 14 milhões de brasileiros saíram da pobreza, parte deles ingressando na classe média.
Um dos pilares desse avanço é o fortalecimento do Bolsa Família, que hoje beneficia famílias com renda per capita inferior a R$ 218. Segundo o ministro, 98% das novas vagas de emprego formais em 2024 foram preenchidas por pessoas inscritas no Cadastro Único.
Além disso, medidas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) — que compra diretamente da agricultura familiar e abastece creches, escolas e programas sociais — ajudam a estimular a produção local, reduzindo a dependência de cestas básicas, usadas apenas em situações emergenciais como secas ou enchentes.
Gás do Povo e redução de despesas familiares
Outro destaque foi o anúncio do programa Gás do Povo, previsto para beneficiar até 17 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. Diferentemente do auxílio anterior, que repassava valores em dinheiro, o novo modelo garante o botijão diretamente em mais de 55 mil pontos de distribuição espalhados pelo país.
“Estamos falando de quase 50 milhões de pessoas impactadas, com logística assegurada até mesmo em comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas”, afirmou Dias. O ministro destacou ainda que, somado a outras iniciativas, como a Tarifa Social de Energia e o programa Pé de Meia para estudantes, o benefício representa economia significativa no orçamento das famílias mais pobres.
Combate a fraudes e transparência
Questionado sobre irregularidades no pagamento do Auxílio Brasil durante o governo anterior, o ministro informou que mais de 4,3 milhões de benefícios indevidos foram cancelados, após cruzamento de dados da base social. Desse total, cerca de 177 mil famílias com renda acima de dois salários mínimos terão que devolver os valores recebidos.
“O sistema atual é um dos mais modernos do mundo, com cruzamento de informações em tempo real, o que garante eficiência e justiça social”, declarou Dias.
Projeções e compromissos
No cenário internacional, o ministro destacou a participação do Brasil na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A meta do grupo é apoiar planos nacionais em países em desenvolvimento e alcançar 500 milhões de pessoas até 2030 com segurança alimentar, saúde e educação.
Para o futuro, Wellington Dias defendeu que a educação é o alicerce para consolidar os avanços sociais: “Quanto mais sucesso tivermos na escola, menos risco teremos de retroceder. É pela educação, pelo emprego e pelo pequeno negócio que superamos a pobreza de forma definitiva”.
Com os números mais recentes, o Brasil se coloca como referência mundial no combate à fome, conciliando políticas sociais e estímulos econômicos para reduzir desigualdades. Assista:


