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      Petrobras planeja retorno ao mercado de distribuição, mas ainda não tem projetos concretos de aquisições, diz Magda Chambriard

      Presidente da Petrobras vê oportunidade em margens de combustíveis com aumento de oferta nos próximos anos, mas não confirma investimentos

      Magda Chambriard (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou nesta sexta-feira (8) que a volta da companhia ao segmento de distribuição visa aproveitar as margens de venda de combustíveis e de gás de cozinha, que terão uma oferta crescente nos próximos anos. Contudo, a executiva destacou que, por enquanto, não há projetos de aquisição de empresas do setor em andamento. Segundo ela, a aprovação do retorno à distribuição pelo conselho de administração na quinta-feira (7) foi uma medida para “deixar portas abertas” para possíveis oportunidades futuras.

      “Estamos buscando capturar as margens dos nossos produtos”, afirmou Magda em teleconferência com analistas, de acordo com a Folha de S. Paulo. “Temos produtos que terão produção crescente e, se for um bom negócio para a companhia, lucrativo e com atratividade, por que não explorar mais essa sinergia?”, completou.

      A proposta de retorno ao setor de distribuição gerou preocupações entre analistas durante a conferência, especialmente após a divulgação do lucro de R$ 26 bilhões registrado pela empresa no segundo trimestre. A apreensão recai sobre a possível destinação de investimentos para projetos menos rentáveis.

      Nos últimos meses, tanto Magda quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm manifestado que a Petrobras perdeu sua capacidade de regular os preços de combustíveis após a venda de suas subsidiárias de distribuição, a BR e a Liquigás, durante o governo de Jair Bolsonaro.

      Em comunicado emitido nesta quinta-feira, a Petrobras enfatizou que o retorno ao setor de distribuição se concentraria principalmente no mercado de gás de cozinha, já que a empresa possui uma cláusula de não concorrência com a Vibra para a venda de combustíveis líquidos, como gasolina e diesel, até 2029. “Não há nenhuma discussão dentro da empresa sobre não cumprir essa cláusula”, afirmou o diretor financeiro Fernando Melgarejo.

      Magda explicou que a produção de gás de cozinha será ampliada com o início das operações, ainda este ano, da unidade de processamento de gás natural do Complexo Boaventura, localizado em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A unidade processará o gás oriundo do pré-sal, transportado pelo novo gasoduto Rota 3, que será inaugurado em 2025. O gás de cozinha, ou GLP (gás liquefeito de petróleo), é uma das frações extraídas do gás natural.

      Cláudio Schlosser, diretor de Comercialização, Logística e Mercados da Petrobras, afirmou que a estatal já começou a buscar grandes clientes industriais para o GLP, inaugurando uma nova frente de vendas diretas de combustíveis. “A Petrobras já vem trabalhando para ser a melhor opção para o cliente, oferecendo preços competitivos e garantindo a disponibilidade do produto conforme a demanda”, disse Schlosser.

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