Petrobras anuncia retorno à distribuição de gás de cozinha após cinco anos fora do setor
Decisão do conselho será incorporada ao plano estratégico da estatal, que prevê integração com outros negócios e soluções de baixo carbono
247 – A Petrobras comunicou, na noite de quinta-feira (7), que seu conselho de administração aprovou o retorno da companhia ao setor de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha. A informação foi publicada em matéria do Valor Econômico nesta sexta-feira (8), com base em fato relevante arquivado pela estatal na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A iniciativa marca a reversão de uma decisão tomada há cinco anos, quando a Petrobras vendeu a Liquigás, sua então subsidiária no setor, para dois grupos concorrentes como parte do processo de desinvestimentos da era liberal privatizante. Agora, a empresa afirma que incluirá essa retomada no seu plano estratégico, com o objetivo de “atuar na distribuição de GLP, integrar com demais negócios no Brasil e no mundo e oferecer soluções de baixo carbono para seus clientes”.
O retorno à distribuição do gás de cozinha vinha sendo defendido há meses pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem reiterado a necessidade de a Petrobras se reconectar com sua função social e estratégica no abastecimento nacional. Lula já havia criticado, em diversas ocasiões, a saída da estatal do setor, sobretudo pelo impacto sobre os preços para as famílias mais pobres.
Ainda não foram divulgados detalhes sobre como se dará a volta da Petrobras ao mercado de GLP. No entanto, a estatal tem liberdade para retomar essa atividade, ao contrário do setor de distribuição de combustíveis líquidos como gasolina e diesel. Neste caso, há um impedimento contratual que vigora até 2029, em função da privatização da BR Distribuidora, atual Vibra.
Com a retomada do controle sobre parte da cadeia de distribuição de GLP, a Petrobras poderá contribuir para maior estabilidade dos preços e melhor estrutura de logística no setor. A medida também representa um marco simbólico no processo de reconstrução do papel da empresa como indutora do desenvolvimento nacional.
A decisão é estratégica para reforçar a presença da estatal em áreas essenciais para a população e alinha-se à visão do atual governo de reposicionar a Petrobras como empresa de energia integrada, capaz de equilibrar lucro com responsabilidade social e ambiental.
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