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“Pequenas empresas precisam exportar mais para ganhar escala e avançar”, afirma Alckmin

Vice-presidente destacou programas de incentivo implementados pelo governo federal

Geraldo Alckmin (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

247 - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou nesta quarta-feira (17), durante o evento “Os pequenos também exportam” promovido pelo SBT News, a importância da inserção das micro e pequenas empresas no comércio exterior.

Segundo Alckmin, o país ainda enfrenta desafios para ampliar a presença de pequenos empreendedores nas exportações, mas já conta com instrumentos voltados a esse público, como o programa Acredita Exportação, o Portal Único de Comércio Exterior e o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), desenvolvido pela Apex Brasil. “A exportação é fundamental para que pequenas empresas cresçam mais depressa, ganhem escala e avancem mais”, afirmou.

Medidas para estimular o setor

Ao citar experiências internacionais, o ministro destacou a Itália como exemplo de país em que pequenos negócios têm forte participação nas exportações. Para ele, o Brasil precisa estimular esse segmento para alcançar maior competitividade global.

Entre os incentivos, Alckmin explicou que o Acredita Exportação garante crédito automático de 3,1% do valor exportado, funcionando como uma compensação parcial de impostos pagos na produção. Já o Portal Único de Comércio Exterior simplifica processos, reduzindo burocracia e custos logísticos. “Isso deve reduzir o Custo Brasil em R$ 40 bilhões por ano”, ressaltou. O ministro observou ainda que atrasos portuários oneram diretamente os empreendedores: “Uma carga parada no porto por um dia custa 0,8% do valor da carga. Se ficar três dias parada, já foi 2,5%”.

O PEIEX também foi citado como ferramenta para preparar pequenos empresários para o mercado externo, com capacitações e apoio na promoção de produtos em feiras internacionais e na recepção de compradores estrangeiros no Brasil.

Reação ao tarifaço dos Estados Unidos

O ministro também abordou o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Para mitigar os efeitos, destacou quatro medidas em curso: R$ 40 bilhões em crédito via fundo garantidor, estímulo às compras governamentais, prorrogação do regime de drawback por mais um ano e a criação de um reintegra específico para micro e pequenas empresas, com crédito de 6,1% sobre o valor exportado.

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