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Justiça afasta gestão da Oi em meio a risco de falência

Decisão judicial agrava incertezas sobre o futuro da empresa e coloca em xeque plano de recuperação

Prejuízo líquido da Oi recua para R$1,233 bi no 2ºtri (Foto: Reprodução)

247 – A Justiça brasileira determinou o afastamento da atual gestão da operadora Oi, em um momento em que a companhia enfrenta novamente o risco de falência. A informação foi publicada pelo Brazil Stock Guide, plataforma especializada em análises financeiras voltadas a investidores em mercados emergentes, com foco no Brasil.

A decisão representa mais um capítulo da longa crise enfrentada pela Oi, que já passou por um dos maiores processos de recuperação judicial da história do país. O afastamento da diretoria ocorre em um cenário de forte pressão de credores e investidores, além da dificuldade em cumprir compromissos financeiros e operacionais.

Impacto sobre o mercado e investidores

Segundo analistas citados pelo Brazil Stock Guide, a medida judicial aumenta a incerteza em torno do futuro da companhia, que já vinha enfrentando severas dificuldades em sua reestruturação. Oi se tornou um dos símbolos das fragilidades estruturais do setor de telecomunicações no Brasil, especialmente pela combinação de elevado endividamento, perda de competitividade e falhas de gestão.

Especialistas avaliam que a intervenção pode abrir espaço para uma gestão voltada exclusivamente aos interesses dos credores, mas também pode acelerar um processo de liquidação caso não haja condições de reverter o quadro. Para investidores, o cenário é de alta volatilidade e riscos crescentes.

Histórico de dificuldades

A Oi entrou em recuperação judicial em 2016, acumulando dívidas superiores a R$ 65 bilhões, em um caso que se tornou emblemático do desequilíbrio entre investimentos, endividamento e regulação no setor. Apesar de tentativas de reorganização, venda de ativos e renegociação de dívidas, a empresa não conseguiu retomar sua solidez financeira.

Agora, com o afastamento de sua gestão, o futuro da operadora dependerá das decisões judiciais, da resposta dos credores e de possíveis interessados em ativos estratégicos da companhia.

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