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      Fazenda diz que deve rever projeção de alta do PIB em 2024 após dado do 3º tri

      A previsão atual é de crescimento de 3,3%

      Fernando Haddad (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

      Reuters - O Ministério da Fazenda informou nesta terça-feira que deve revisar novamente sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto deste ano, atualmente em 3,3%, após o dado do terceiro trimestre ter ficado acima da expectativa da pasta.

      Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta manhã, a produção econômica do país cresceu 0,9% no terceiro trimestre frente ao período imediatamente anterior. Em boletim divulgado no mês passado, a Fazenda previu uma expansão de 0,7% na margem, no que foi um ajuste sobre o avanço de 0,6% projetado em setembro.

      No documento, quando foi divulgada a previsão atual de 3,3% para o crescimento do PIB em 2024, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do ministério já havia subido sua projeção para o ano, depois de prever um crescimento de 3,2% em setembro.

      "A projeção do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024, atualmente em 3,3%, deverá ser revisada para cima, repercutindo perspectivas de maior crescimento para a indústria e para os serviços", afirmou a SPE, em nota nesta terça.

      "A atividade econômica deve continuar a crescer no próximo trimestre, embora com desaceleração na margem", completou.

      A diferença entre os dados oficiais do PIB e a projeção da Fazenda se deu principalmente em relação ao setor de serviços -- que responde por cerca de 70% da economia do país.

      De acordo com o IBGE, o setor de serviços avançou 0,9% no terceiro trimestre, acima da alta de 0,7% projetada pela Fazenda no mês passado.

      Segundo a SPE, a política monetária mais contracionista deve restringir o ritmo de expansão das concessões de crédito e dos investimentos, mas o mercado de trabalho deve seguir resiliente, estimulando a produção e o e consumo das famílias.

      Apesar do resultado do terceiro trimestre representar uma desaceleração em relação ao período anterior, quando a economia cresceu 1,4%, o número reforçou a percepção de resiliência da atividade econômica, o que, segundo analistas, pode significar um maior aperto da política monetária pelo Banco Central.

      "O avanço expressivo do PIB é bem recebido e reforça a expectativa de taxas de juros mais altas no Brasil", disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

      O Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne nos dias 10 e 11 de dezembro para a última reunião do ano. Operadores colocam 78% de chance em uma alta de 0,75 percentual na Selic, atualmente em 11,25% ao ano.

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