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      Faria Lima concentra 42 dos 350 alvos da megaoperação contra o PCC

      Ação atinge centro financeiro de SP, com mandados de busca e apreensão em empresas e postos de combustíveis ligados ao crime organizado

      Avenida Brigadeiro Faria Lima (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A megaoperação realizada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público (MP) nesta quinta-feira (28) teve como um dos principais alvos a Avenida Faria Lima, em São Paulo, um dos centros financeiros mais importantes do país. Ao todo, 42 dos 350 alvos da operação foram concentrados nesta área, conhecida por abrigar grandes empresas, fintechs e fundos de investimentos, informa o g1. O objetivo da ação é desarticular um esquema criminoso de lavagem de dinheiro comandado pela facção criminosa PCC, que se infiltrava no setor financeiro e em postos de combustíveis.

      A operação, que também contou com o apoio da Receita Federal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em um único prédio da Faria Lima. Segundo as autoridades, o PCC controlava uma rede de postos de combustíveis e se associava a empresas financeiras para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. As investigações apontam que, entre 2020 e 2024, mais de R$ 10 bilhões foram movimentados de maneira ilegal, com o uso de fintechs e transações fraudulentas em postos de combustíveis.

      Além dos mandados de busca, também foram cumpridos mandados de prisão em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O esquema criminoso, que envolvia desde a adulteração de combustíveis com metanol até a movimentação de bilhões de reais em ativos financeiros, é responsável por um rombo significativo para o país. A Receita Federal estima que, só em São Paulo, a sonegação fiscal gerada pelo grupo chegou a R$ 7,6 bilhões.

      A operação é a junção de três investigações, sendo elas as operações Carbono Oculto (MP), Quasar e Tank (PF), e visa desmantelar a inserção do PCC no setor de combustíveis e no sistema financeiro. 

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