Endividamento das famílias atinge 48,9% e pressiona renda
Comprometimento de renda sobe e atinge 28,5% das famílias brasileiras, segundo o Banco Central
247 - O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro registrou nova alta em agosto, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Banco Central (BC). O índice subiu de 48,5% em julho, após revisão, para 48,9% no mês seguinte, indicando maior dependência de crédito entre os consumidores.
Segundo o Metrópoles, o relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito aponta que o percentual se aproxima do recorde histórico de 49,9% alcançado em julho de 2022. O Banco Central informou que “em agosto, o endividamento das famílias situou-se em 48,9%, com aumentos de 0,4 ponto percentual no mês e de 0,8 ponto percentual em 12 meses”.
Comprometimento de renda atinge maior nível do ano
Desconsiderando as dívidas imobiliárias, o índice de endividamento passou de 30,3% para 30,6%. Já o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) avançou de 27,9% para 28,5%, representando o maior nível do ano.
Quando se excluem os financiamentos habitacionais, o comprometimento chega a 26,3%. Os dados refletem um cenário em que, mesmo com a redução gradual da taxa básica de juros (Selic), o peso das dívidas continua elevado e pressiona o orçamento das famílias.
Crédito imobiliário e financiamento de veículos em alta
De acordo com o Banco Central, o estoque de crédito destinado à habitação para pessoas físicas cresceu 1% em setembro, atingindo R$ 1,267 trilhão. O aumento representa expansão de 11,6% em 12 meses.
No segmento de crédito livre, especialmente voltado à compra de veículos, o saldo das operações subiu 1,4% em setembro, alcançando R$ 379,894 bilhões. No acumulado de um ano, o crescimento foi de 13,9%.


