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Empresários propõem minerais, etanol e data centers para negociações entre Lula e Trump

Grupo busca Geraldo Alckmin para apresentar temas estratégicos que podem ser tratados com os Estados Unidos

Lula e Donald Trump - 23 de setembro de 2025 (Foto: Reuters)

247 - Empresários brasileiros se movimentam para tentar influenciar a pauta da primeira conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O diálogo entre os dois chefes de Estado está previsto para a próxima semana e foi confirmado pelo chanceler Mauro Vieira.

Segundo Igor Gadelha, do Metrópoles, representantes do setor privado pretendem levar suas demandas ao vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin. A intenção é apresentar sugestões de temas estratégicos que Lula poderia colocar em discussão com Trump, entre eles a cooperação em minerais raros, o acordo do etanol entre Brasil e Estados Unidos e a instalação de data centers no território nacional.

Expectativas do empresariado

Nos bastidores, o setor empresarial vê a iniciativa de Trump de marcar uma conversa com Lula como um gesto positivo. O movimento foi interpretado como um “respiro” nas relações comerciais entre os dois países, que vinham sofrendo desgastes após tarifas impostas pelos EUA ao Brasil.

A expectativa é que Lula possa usar o telefonema para abrir espaço a negociações que favoreçam setores estratégicos da economia. A agenda é considerada sensível, sobretudo em temas relacionados à transição energética e ao mercado digital, onde o Brasil busca ampliar sua competitividade.

A diplomacia em curso

De acordo com o chanceler Mauro Vieira, a conversa entre os presidentes será realizada por telefone. Ele explicou que havia o desejo de um encontro presencial, mas as agendas cheias de ambos os líderes inviabilizaram a reunião. “O presidente Lula está sempre pronto para conversar com qualquer chefe de Estado que seja do interesse do Brasil e, neste caso, isso pode acontecer também por um telefonema ou uma videoconferência, porque, infelizmente, o presidente está muito ocupado, tem uma agenda muito cheia. Talvez não seja possível se encontrar pessoalmente, mas eles encontrarão uma forma”, disse Vieira em entrevista à CNN Internacional.

A expectativa do Itamaraty é que o telefonema abra caminho para novas negociações entre os dois países, enquanto empresários tentam garantir que seus pleitos façam parte da pauta presidencial.

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