Efeito Lula: setor de serviços cresce 2,5% em agosto no comparativo anual e bate recorde histórico
Brasil registra 7 meses seguidos de expansão no setor, 18,7% acima do nível pré-pandemia
247 - O setor de serviços no Brasil voltou a apresentar crescimento em agosto de 2025, com variação positiva de 0,1% frente a julho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado marca a sétima alta consecutiva, acumulando 2,6% de expansão no período. De acordo com o IBGE, o setor atingiu o maior patamar da série histórica e segue 18,7% acima do nível registrado antes da pandemia, em fevereiro de 2020. Em relação a agosto de 2024, houve avanço de 2,5%, confirmando 17 meses seguidos de crescimento.
Avanços em quatro das cinco atividades
Entre os segmentos analisados, quatro apresentaram expansão:
Serviços profissionais, administrativos e complementares: +0,4%
Transportes: +0,2%
Serviços prestados às famílias: +1,0%
Outros serviços: +0,6%
O único recuo foi em informação e comunicação, que caiu 0,5%, eliminando o ganho de julho.
Comparação anual e impacto dos transportes
Na comparação com agosto de 2024, o volume de serviços subiu 2,5%. O destaque foi o setor de transportes, auxiliares e correio, que avançou 3,3%, impulsionado pelo transporte aéreo de passageiros, logística e rodovias concessionadas.
Os segmentos de informação e comunicação (+3,4%) e de serviços profissionais (+2,9%) também tiveram bom desempenho, enquanto outros serviços recuaram 2,7%.
Turismo reage após quedas consecutivas
O turismo nacional cresceu 0,8% em agosto, revertendo três meses de retração. O setor está agora 11,5% acima do nível pré-pandemia, mas ainda 2% abaixo do pico registrado em dezembro de 2024. Regionalmente, os maiores destaques foram Rio de Janeiro (+2,5%), Amazonas (+6,9%) e Bahia (+1,7%).
Desempenho regional dos serviços
Entre os estados, 17 das 27 unidades da federação registraram alta em agosto. As maiores variações positivas foram no Ceará (+2,0%), Santa Catarina (+1,4%) e Rio Grande do Sul (+1,2%). Já São Paulo (-1,0%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Bahia (-2,5%) e Paraná (-0,8%).
Transporte de passageiros e cargas mantém crescimento
O transporte de passageiros variou +0,3% em agosto, após recuar em julho, e está 9,9% acima do nível pré-pandemia. Já o transporte de cargas cresceu 0,6%, acumulando quatro altas seguidas e ficando 38,7% acima de fevereiro de 2020. Na comparação anual, o transporte de passageiros avançou 8,0% e o de cargas, 2,1%.