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Dólar recua frente ao real e encerra o dia em queda

O dólar se apegou ao exterior, onde a moeda norte-americana caía ante divisas pares do real como o peso mexicano e o peso chileno

Notas de peso argentino e dólar - Ilustração de 17/10/2022 (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

SÃO PAULO (Reuters) - Em uma sessão de noticiário esvaziado, o dólar oscilou em margens estreitas no Brasil e fechou a segunda-feira em baixa, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes, como o México e o Chile.

O dólar à vista fechou com baixa de 0,40%, aos R$5,3579. No ano, a divisa acumula queda de 13,29%.

Às 17h02, na B3, o dólar para dezembro -- atualmente o mais transacionado no Brasil -- cedia 0,42%, aos R$5,3915, mas a liquidez era menor que o normal, com 167 mil contratos negociados até este fim de tarde.

Sem gatilhos que pudessem influenciar de forma decisiva as cotações, o dólar se apegou ao exterior nesta segunda-feira, onde a moeda norte-americana caía ante divisas pares do real como o peso mexicano e o peso chileno.

No Brasil, após marcar a cotação máxima intradia de R$5,3835 (+0,07%) às 9h07, pouco depois da abertura, o dólar à vista cedeu à mínima de R$5,3456 (-0,63%) às 12h. Durante a tarde, o real, o peso mexicano e o peso chileno eram as moedas globais que mais ganhavam força ante o dólar.

O recuo do dólar ante o real ocorreu em paralelo à alta do Ibovespa, que atingiu novo nível recorde nesta segunda-feira, acima dos 150 mil pontos.

Na agenda da semana, o destaque é a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na noite de quarta-feira. A expectativa é de que a taxa básica Selic seja mantida em 15% ao ano, mas os agentes estarão atentos a possíveis indicações do BC sobre quando o ciclo de cortes começará.

O fato de a Selic estar em nível elevado no Brasil, enquanto nos Estados Unidos o Federal Reserve cortou juros nas últimas reuniões, tem sido apontado como um fator favorável à atração de investimentos ao país, com impacto de baixa sobre o dólar.

Pela manhã, o boletim Focus revelou que a mediana das projeções dos economistas do mercado brasileiro para o dólar no fim de 2025 seguiu em R$5,41 e no final de 2026 permaneceu em R$5,50.

No fim da manhã o BC vendeu 45.000 contratos de swap cambial tradicional, para rolagem do vencimento de 1º de dezembro.

No exterior, apesar de recuar ante algumas divisas de emergentes, o dólar subia ante moedas fortes como o iene, o euro e a libra. Às 17h06, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes -- subia 0,04%, a 99,846.

(Edição de Isabel Versiani e Pedro Fonseca)

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