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Dívida em queda e produção em alta fortalecem a estratégia da Brava Energia, aponta BTG

BTG Pactual mantém recomendação de compra e destaca avanço em desalavancagem, hedge robusto e foco em eficiência operacional

Brava Energia (Foto: Divulgação/Brava Energia)

247 - A Brava Energia teve seu preço-alvo revisto pelo BTG Pactual de R$ 28 para R$ 27 por ação, em relatório publicado em 12 de setembro de 2025, mas a recomendação de compra foi mantida. As informações são do Brazil Stock Guide.

O banco ressaltou que a companhia vem entregando resultados consistentes, com medidas de antecipação de recebíveis, pré-pagamentos e operações de refinanciamento que aceleraram a redução da dívida líquida.

Segundo a análise, a empresa deve seguir em trajetória firme de desalavancagem nos próximos dois trimestres, sustentando o momento positivo. Ainda assim, o BTG observa que a tese de investimento permanece vulnerável às oscilações do preço do petróleo, mesmo com o programa de hedge ativo que cobre parte relevante da produção.

Operações robustas em Atlanta e Papa Terra

O campo de Atlanta continua a se consolidar como o principal gerador de caixa da Brava, registrando eficiência acima de 90% em 2025. O desempenho confirma a força da operação, embora as taxas de declínio natural da produção sigam como ponto de atenção.

Já em Papa Terra, o plano estratégico será implementado em três fases: a primeira voltada à eficiência e redução de custos; a segunda, prevista para 2026, inclui a perfuração de dois novos poços, com projeção de elevar a produção para a faixa de 30 a 35 mil barris por dia. No onshore, os investimentos foram reorientados para recuperação secundária, eficiência em perfuração e aumento do fator de recuperação, o que pode adicionar cerca de 100 milhões de barris às reservas atuais.

Hedge como alicerce do fluxo de caixa

A companhia mantém um programa contínuo de hedge de 18 meses, que cobre cerca de 40% da produção no primeiro semestre, 20% no segundo e 10% no último período. Estão protegidos aproximadamente 10 milhões de barris até meados de 2026, a um preço médio de US$ 63 o barril.

A administração definiu como meta reduzir o custo de equilíbrio para US$ 50 por barril até 2026, com flexibilidade para ajustes no capex das operações terrestres e no mid/downstream. Essa disciplina, combinada à eficiência operacional e ao hedge, sustenta a resiliência do fluxo de caixa e a estratégia de desalavancagem.

Perspectivas financeiras e retorno ao acionista

As estimativas do BTG projetam receita de US$ 2,3 bilhões em 2025, com EBITDA ajustado de US$ 990 milhões e lucro líquido de US$ 394 milhões. Para 2026, a previsão é de receita próxima de US$ 2,2 bilhões, EBITDA de US$ 1,03 bilhão e lucro líquido de US$ 265 milhões.

O banco avalia que a geração de caixa para o acionista deve ser neutra em 2026 caso o petróleo se mantenha na casa dos US$ 65 por barril. A partir de 2027, entretanto, a expectativa é de maior visibilidade e de dividend yield que pode chegar a 17,6%, refletindo o fortalecimento do balanço e a eficiência operacional da companhia.

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