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      Com Lula, GWM inaugura primeira fábrica no Hemisfério Sul em Iracemápolis; veja detalhes

      Montadora chinesa investirá R$ 10 bilhões no Brasil até 2032 e anuncia Centro de P&D voltado para tecnologia flex, híbrida e elétrica

      Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à linha de produção e cerimônia de inauguração da Fábrica da GWM Brasil (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - Iracemápolis (SP) recebeu nesta sexta-feira (15) a inauguração da primeira fábrica da Great Wall Motors (GWM) no Hemisfério Sul e a terceira fora da China com base completa de produção. Com uma área total de 1,2 milhão de m² e 94 mil m² construídos, a unidade abrigará processos integrados de soldagem, pintura robotizada, montagem, além de um sistema de fornecimento e logística de ponta.

      A planta já produz três modelos no país — o SUV híbrido Haval H6, a picape Poer P30 e o SUV de sete lugares Haval H9, com motorização turbodiesel. Atualmente, emprega cerca de 600 funcionários, mas a expectativa é chegar a 1.000 empregos diretos até o final do ano. A capacidade instalada é de 50 mil veículos por ano, com projeção de que 60% dos componentes sejam de origem nacional até 2028.

      O investimento total previsto no Brasil é de R$ 10 bilhões até 2032, sendo R$ 4 bilhões na primeira fase, até 2026, destinados à reativação e modernização da fábrica, além do lançamento da marca no país.

      Centro de P&D na América do Sul

      Durante a cerimônia, a GWM anunciou a instalação de seu primeiro Centro de Pesquisa & Desenvolvimento na América do Sul, que ocupará 15 mil m² — 4 mil m² de área construída — em terreno ao lado da fábrica. O espaço reunirá mais de 60 engenheiros e técnicos para desenvolver tecnologias adaptadas às condições brasileiras, incluindo sistemas híbridos, elétricos, combustíveis de nova geração e soluções de inteligência artificial.

      O presidente da GWM Internacional, Parker Shi, afirmou que a instalação será equipada com laboratórios de última geração e terá papel estratégico no avanço da mobilidade sustentável no continente.

      Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado de ministros brasileiros, do embaixador da China no Brasil (Zhu Qingqiao) e de executivos da GWM durante visita à linha de produção e cerimônia de inauguração da Fábrica da GWM Brasil
      Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado de ministros brasileiros, do embaixador da China no Brasil (Zhu Qingqiao) e de executivos da GWM durante visita à linha de produção e cerimônia de inauguração da Fábrica da GWM Brasil(Photo: Ricardo Stuckert / PR )Foto: Ricardo Stuckert / PR

      Parceria Brasil-China e o Sul Global

      O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro do Trabalho Luiz Marinho, de executivos da GWM e do embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao.

      Em seu discurso, Lula ressaltou a importância da aliança com a China e o papel do BRICS como instrumento de fortalecimento do Sul Global frente às desigualdades econômicas internacionais.

      “Construímos com a China uma comunidade de futuro compartilhado por um mundo mais justo e sustentável. O comércio com a China é de US$ 160 bilhões contra US$ 80 bilhões dos EUA. É importante lembrar por que criamos o BRICS. Estávamos cansados de ser tratados como terceiro mundo”, afirmou o presidente.

      Lula também criticou as recentes tarifas de 50% impostas pelo governo norte-americano, liderado por Donald Trump, sobre produtos brasileiros, atribuindo a medida ao temor diante do crescimento e da integração econômica do BRICS.

      “Criamos um grupo que representa praticamente metade da humanidade e mais de um terço do PIB global. Isso faz com que alguns fiquem preocupados com o crescimento daqueles que eram tratados como invisíveis”, disse.

      Cooperação estratégica e inovação

      Para o embaixador Zhu Qingqiao, a inauguração marca o “momento dourado” nas relações sino-brasileiras. Ele destacou que a GWM se junta a outras empresas chinesas que têm investido fortemente no Brasil, como BYD, GAC e Chery, e reforçou o compromisso de “unir forças mais amplas” para compensar as incertezas globais.

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