Brasil reduz participação em títulos da dívida dos EUA
Em 2025, as incertezas provocadas pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem ter contribuir para uma nova retração
247 - O Brasil tem reduzido gradualmente sua exposição aos títulos da dívida pública dos Estados Unidos. Em 2014, o país detinha 4,2% do total de treasuries adquiridos por investidores estrangeiros. Dez anos depois, em 2024, essa participação caiu para 2,3%, de acordo com o portal BP Money.
O Brasil seguiu a tendência de outro grande emergente: a China. Ao longo da última década, a potência asiática reduziu sua participação nos títulos da dívida dos EUA de 20,2% para 8,8%, informou a reportagem.
Ambos os países também reduziram o volume investido em títulos americanos. No caso do Brasil, o montante recuou de US$ 256 bilhões em 2014 para US$ 202 bilhões em 2024.
O pico do investimento brasileiro em títulos da dívida dos EUA ocorreu em 2018, quando o volume superou os US$ 300 bilhões. No caso da China, a redução foi ainda mais expressiva: de US$ 1,24 trilhão em 2014 para US$ 759 bilhões em 2024 — uma queda de 39%.
Em 2025, as incertezas provocadas pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem ter contribuir para uma nova retração nos investimentos em títulos do Tesouro. Os investidores internacionais se afugentam à medida que aumenta a volatilidade da economia norte-americana.