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Investimentos chineses impulsionam setor tecnológico brasileiro

Aportes bilionários reforçam inovação, infraestrutura e geração de empregos em setores estratégicos

Indústria de alta tecnologia na China (Foto: VCG)

247 – O fluxo de capital chinês para o Brasil ganhou novo fôlego em 2024, reforçando a posição do país como destino estratégico de investimentos estrangeiros. De acordo com informações publicadas pelo Diário do Povo, citando dados do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), os investimentos da China somaram US$ 4,8 bilhões no último ano, mais que o dobro registrado em 2023.

Para Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, o avanço reflete um momento crucial para a economia brasileira. Ele destacou que o governo pretende utilizar os recursos não apenas para produzir tecnologia, mas também para ampliar a presença do Brasil em mercados parceiros.

Moreira ressaltou que esse aumento é encarado de forma bastante favorável pelo governo, fruto de uma parceria consolidada ao longo de mais de uma década. Ele observou que as fontes de recursos se diversificaram e que o Brasil figura hoje como o quinto principal destino mundial de investimentos, com reflexos diretos na geração de renda e postos de trabalho.

Com a crescente cooperação, diversos setores brasileiros já conquistaram espaço no mercado chinês, incluindo café, proteínas, alimentos, celulose e equipamentos elétricos. Moreira afirmou que o movimento fortalece a inovação local, construindo sinergia para um ecossistema inovador, ampliando a curva de aprendizagem e estabelecendo novas bases para a indústria.

Para analistas do setor privado, a aproximação entre Brasil e China cria oportunidades em diferentes áreas. Ricardo Martins, economista-chefe da Planner Investimentos, avaliou que os resultados são expressivos. “A China, como principal parceiro comercial do Brasil nos últimos anos, vem abrindo portas para maiores fluxos comerciais”, disse. Ele apontou que a diversificação já permite a exportação de 183 empresas brasileiras para o mercado chinês, abrangendo desde commodities como soja e minério de ferro até carne e automóveis.

Além disso, Martins destacou que o relacionamento fortalece novos projetos em setores estratégicos, como agricultura, energia renovável, infraestrutura e aeroespacial.

Um dos destaques da presença chinesa no Brasil é o setor de energia. Desde que iniciou suas operações no país, a State Grid já investiu cerca de US$ 5 bilhões. Atualmente, a empresa opera em 14 estados e no Distrito Federal, sendo responsável pelo fornecimento de aproximadamente 10% da eletricidade nacional.

Ramon Haddad, vice-presidente da State Grid Brazil Holding, enfatizou a importância do país para a estratégia de longo prazo da companhia. Ele adiantou que novos projetos de transmissão de ultra-alta tensão estão programados, somando US$ 3,5 bilhões em investimentos até 2029.

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