Odete Roitman ressuscita em Vale Tudo após tiro dado por Marco Aurélio
Um mistério é revelado, mas Manuela Dias segue omissa ao explicar como a vilã voltou ao enredo
247 – Na cena final de Vale Tudo, a novelesca Odete Roitman (Débora Bloch) é baleada por Marco Aurélio (Alexandre Nero) — mas, surpreendentemente, sobrevive ao atentado e reaparece vencendo a própria morte, com ajuda de Freitas (Luís Lobianco), que auxilia a forjar seu desaparecimento. NaTelinha
Thiago Stivaletti já alertava que a ausência de explicações por parte da criadora Manuela Dias era flagrante: não há justificativa narrativa convincente para a “ressurreição” da vilã — ela “nem se preocupou em explicar como”, conforme o texto original (Folha F5).
Quem atirou e como foi o retorno
Conforme notícia da NaTelinha, houve cinco suspeitos do atentado: Maria de Fátima (Bella Campos), César (Cauã Reymond), Marco Aurélio (Alexandre Nero), Heleninha (Paolla Oliveira) e Celina (Malu Galli).
O desfecho apontou que Marco Aurélio foi o autor do disparo, após flagrar Heleninha manipulando a arma da ex-esposa. Com cuidado para não deixar digitais, ele atira contra Odete. Mesmo atingida, Odete é levada ao hospital, acorda na ambulância, passa por cirurgia e sobrevive. Posteriormente, foge do país com auxílio de Freitas e declara, na última cena:
“Au revoir, Brasil! Odete Roitman sempre volta!”
Crítica à narrativa solta
Embora seja uma jogada dramática intensa, a volta de Odete — e o enredo de forjar a própria morte — acentua o problema inicial: a falta de construção narrativa. Dias optou por uma virada espetacular, mas ainda não ofereceu os meios para o leitor/espectador aceitar ou entender essa virada com coerência.
Repercussões entre público e crítica
Nos bastidores das redes e dos fóruns de novela, a discussão gira em torno da credibilidade da trama. A tensão entre sensacionalismo e coerência narrativa tem sido apontada como um ponto vulnerável no fim da novela.
Ainda assim, o impacto dramático do desfecho e a ousadia em reverter a morte de uma vilã clássica reverberam na memória afetiva dos espectadores — e realçam o risco e a ousadia da abordagem escolhida por Manuela Dias.

