HOME > Cultura

Lula sanciona lei que torna Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha patronos da MPB

Norma publicada no Diário Oficial reconhece oficialmente o legado de dois gigantes da música popular brasileira

Pixinguinha (Foto: Reprodução)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.204, que declara Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha como patronos da Música Popular Brasileira. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), no Diário Oficial da União, conforme noticiou a Agência Gov. A medida contou também com a assinatura das ministras Margareth Menezes, da Cultura, e Macaé Evaristo, de Direitos Humanos e Cidadania.

De acordo com a legislação, o título de patrono pode ser concedido a brasileiros já falecidos há pelo menos dez anos que tenham contribuído de forma excepcional para determinado campo de atuação. A lei simboliza um reconhecimento formal da importância dos dois artistas, cujas obras ajudaram a moldar a identidade musical do país.

Lupicínio Rodrigues: a poesia da “dor-de-cotovelo”

Nascido em Porto Alegre em 16 de setembro de 1914, Lupicínio Rodrigues se consagrou como o criador do estilo conhecido como “dor-de-cotovelo”, marcado por composições que retratam com lirismo as dores e desilusões amorosas. Sucessos como Felicidade e Nervos de Aço atravessaram gerações, interpretados por grandes nomes da MPB.

Seu talento precoce surgiu ainda na adolescência, quando compôs a primeira canção, Carnaval, aos 14 anos. O reconhecimento nacional veio com Se acaso você chegasse, eternizada por intérpretes consagrados. Fiel às experiências pessoais, Lupicínio transformava vivências em música. Torcedor apaixonado do Grêmio, compôs o hino do clube em 1953.

Além da carreira artística, abriu uma churrascaria em 1949, onde unia boemia e melodia. Deixou cerca de 150 canções e morreu em 1974, aos 59 anos, em decorrência de problemas cardíacos.

Pixinguinha: o mestre do choro

Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha, nasceu no Rio de Janeiro em 4 de maio de 1897. Maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador, tornou-se um dos maiores ícones da música nacional. É lembrado por consolidar o choro como gênero essencial da cultura brasileira e por sua influência na formação da música popular moderna.

Entre suas composições mais célebres estão Carinhoso, Rosa e Lamentos. O Dia Nacional do Choro, celebrado em 23 de abril, é dedicado à sua memória. Ainda jovem, formou o grupo Os Oito Batutas, que levou o choro a palcos internacionais. Trabalhou também como arranjador da gravadora RCA Victor e criou trilhas sonoras para o cinema, deixando um legado que se mantém vivo até hoje. Pixinguinha faleceu em 17 de fevereiro de 1974, mas permanece como referência para músicos de todas as gerações.

Artigos Relacionados

Carregando anúncios...