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FAB ativa plano de controle aéreo para a COP30

Esquema de segurança usa caças, radares, helicópteros e equipamentos anti-drones para proteger líderes mundiais em Belém

SO Johnson/FAB/Divulgação (Foto: SO Johnson/FAB/Divulgação)

247 - A Força Aérea Brasileira (FAB) colocou em prática um plano especial de defesa e vigilância aérea em Belém, que sediará a Cúpula dos Líderes da COP 30, nos dias 6 e 7 de novembro. A operação tem como objetivo garantir a segurança de chefes de Estado e autoridades internacionais que participarão do evento.

O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) anunciou nesta terça-feira (4) o início das ações que visam preservar a soberania do espaço aéreo durante o encontro, considerado um dos mais importantes do calendário ambiental global. As informações são do g1.

Aeronaves de combate e inovação tecnológica

De acordo com o tenente-brigadeiro do ar Alcides Teixeira Barbacovi, comandante de Operações Aeroespaciais, a FAB utilizará aeronaves de diferentes categorias, como os caças F-5M, equipados com mísseis Python 4, os A-29 Super Tucano, o cargueiro KC-390 Millennium, o avião-radar E-99 e o helicóptero H-60L Black Hawk.

Esses modelos serão responsáveis por missões de vigilância, reabastecimento aéreo, busca, salvamento e controle de solo. Barbacovi destacou duas inovações no esquema: a ampliação das operações de reabastecimento em voo e o uso de equipamentos anti-drones.

“Será um tanque de combustível no ar, fazendo com que o F-5 possa voar o tempo todo. E o outro grande diferencial é o uso dos equipamentos anti-drones. Com essas ações, mostramos ao mundo, mais uma vez, que estamos prontos para fazer operações desse nível”, afirmou o comandante.

Zonas de restrição no espaço aéreo

O COMAE definiu áreas específicas de restrição e exclusão aérea nas proximidades do Hangar Centro de Convenções da Amazônia, sede da cúpula. O espaço foi dividido da seguinte forma:

Zona branca (reservada): raio de 148 km

Zona amarela (restrita): raio de 111 km

Zona vermelha (proibida): raio de 8 km

Área de supressão: raio de 2 km, com acesso exclusivo a missões de apoio à vida humana mediante autorização

Essas áreas, segundo a reportagem, serão ativadas uma hora antes do início e desativadas uma hora após o término das atividades da cúpula. Aeronaves que pretendam operar nas zonas branca ou amarela deverão obter autorização prévia do COMAE.

Normas, decretos e medidas de segurança

A operação segue as diretrizes do Decreto nº 12.699, de 29 de outubro de 2025, e da Circular de Informação Aeronáutica (AIC-N 46/25), publicada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

O Governo Federal também emitiu um decreto específico para o período de 6 a 8 de novembro, autorizando medidas progressivas que incluem intervenção, persuasão e, em último caso, neutralização de aeronaves hostis. O COMAE será o responsável pela coordenação operacional de todas as ações, conforme o Artigo 303 do Código Brasileiro de Aeronáutica.

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