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Brasil e Azerbaijão preparam relatório para destravar financiamento climático global

Países desenvolverão plano para viabilizar US$ 1,3 trilhão anuais até 2035, enquanto Brasil reforça coordenação com Ministério da Fazenda e Banco Central

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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247 - O Brasil e o Azerbaijão estão elaborando um “mapa do caminho” para garantir o financiamento climático necessário à redução das emissões de gases de efeito estufa nos países em desenvolvimento. O relatório será apresentado na COP-30, em Belém, e indicará formas de alcançar a meta de US$ 1,3 trilhão anuais até 2035. A informação foi confirmada pelo embaixador e presidente da conferência, Corrêa do Lago, que destacou o envolvimento do Ministério da Fazenda na estruturação da proposta.

A mobilização financeira internacional para o clima tem sido um desafio recorrente nas negociações globais. No ano passado, durante a COP do Azerbaijão, os países desenvolvidos se comprometeram a liderar o financiamento climático com, pelo menos, US$ 300 bilhões anuais até 2035 — um valor considerado insuficiente diante da necessidade global. O novo relatório pretende indicar fontes diversificadas para ampliar esse montante, incluindo investimentos públicos e privados, além de mecanismos multilaterais.

“Estamos muito coordenados com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, porque a participação deles nessa mobilização é importantíssima ao longo dos próximos meses”, afirmou Corrêa do Lago. Segundo ele, a inclusão da área econômica brasileira no debate sobre financiamento climático é um passo essencial para garantir a efetividade das propostas.

O presidente da COP-30 também destacou que a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris prejudica as negociações multilaterais. “Não há nenhuma dúvida com relação a isso”, afirmou. A secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, reforçou a preocupação com o impacto dessa decisão no cenário global. “Eles [EUA] têm uma NDC anunciada. Obviamente, a gente imagina que essa NDC vai ser retirada, mas isso ajuda a guiar as ações dos governos subnacionais, dos Estados e das empresas”, observou.

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