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EUA estão dando um tiro no próprio pé, diz mídia chinesa

No ano letivo de 2023-2024, mais de 1,1 milhão de estudantes de mais de 210 países e regiões foram matriculados em universidades estadunidenses

CGTN – O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou na última quarta-feira (28) que os EUA começaram a revogar os vistos de estudante chineses. A China expressou claramente sua oposição a essa manipulação política e discriminatória e declarou que irá proteger de forma resoluta os direitos e interesses legítimos dos estudantes chineses nos Estados Unidos.

De fato, desde que o atual governo dos EUA assumiu o poder, medidas restritivas contra estudantes internacionais, especialmente os de nacionalidade chinesa, foram introduzidas uma após a outra, incluindo restrições à admissão de estudantes internacionais em cursos como ciência da computação e engenharia financeira em alguns estados, reduções em bolsas de estudo para estudantes internacionais em universidades públicas, proibição da Universidade de Harvard de recrutar estudantes internacionais e a obrigatoriedade das universidades fornecerem informações detalhadas sobre estudantes chineses. Desta vez, os EUA cancelaram injustificadamente os vistos de estudante chineses, incluindo vistos para “aqueles que têm vínculos com o governo chinês ou estudam em áreas-chave”, o que representa uma medida ainda mais agressiva para promover a “dissociação” entre a China e os EUA sob o pretexto de ideologia e segurança nacional.

No ano letivo de 2023-2024, mais de 1,1 milhão de estudantes internacionais de mais de 210 países e regiões foram matriculados em universidades estadunidenses, representando cerca de 6% da população total do ensino superior nos país. Devido às restrições impostas pelo atual governo à emissão de vistos, o número total de estudantes chineses nos Estados Unidos caiu de 370 mil em 2019 para 277 mil atualmente.

Não se limitando à China, o “bloqueio educacional” dos EUA visa o mundo todo. Em abril deste ano, o governo estadunidense cancelou os vistos de pelo menos 529 estudantes, professores e pesquisadores de 88 universidades, causando a ansiedade generalizada entre estudantes internacionais no mundo inteiro. Nas redes sociais, estudantes de vários países protestaram contra a violação de seus direitos e interesses legítimos pelo governo dos EUA; universidades de ponta, como a Universidade de Harvard, o MIT e a Universidade da Califórnia, processaram o governo estadunidense; empresas de tecnologia como Apple, Google e Microsoft também alertaram que as restrições de visto enfraquecerão a capacidade de inovação dos Estados Unidos.

Os fatos comprovam que, do ponto de vista educacional, os estudantes internacionais são uma ponte importante para o intercâmbio acadêmico internacional. A revogação de vistos impactará cooperações na área da educação internacional, afetará projetos de pesquisa científica e o compartilhamento de conhecimento, além de reduzir o contingente de talentos dos EUA, prejudicando a capacidade de inovação a longo prazo do país.

No nível escolar, as mensalidades pagas por estudantes internacionais constituem a principal fonte de renda de muitas universidades estadunidenses. A ameaça do governo de suspender o financiamento e os subsídios federais às universidades e o cancelamento de vistos para estudantes internacionais inevitavelmente agravarão as tensões financeiras das universidades e, consequentemente, prejudicarão o setor educacional.

Mais importante ainda, a educação é um pilar fundamental do desenvolvimento econômico e do superávit da balança comercial de serviços dos EUA. Em 2023, os estudantes internacionais contribuíram com até US$ 50 bilhões para a economia estadunidense.

A história provou que um país verdadeiramente forte nunca se constrói por meio do isolamento ou da exclusão. Bloquear o acesso de estudantes internacionais, incluindo estudantes chineses, equivale a “dar um tiro no próprio pé” para os Estados Unidos. Quando os talentos globais não mais olharem para os Estados Unidos, o chamado “tornar a América grande novamente” se tornaria “tornar a América isolada”.

Tradução: Inês Zhu

Revisão: Erasto Santos Cruz

Fonte: CMG

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