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China sedia APEC 2026 e abre novas perspectivas sobre comunidade de futuro compartilhado da Ásia-Pacífico

Os líderes das economias participantes do bloco expressaram a expectativa de que o “ano chinês” na APEC seja um sucesso completo

China sedia APEC 2026 e abre novas perspectivas sobre comunidade de futuro compartilhado da Ásia-Pacífico (Foto: CGTN)

CGTN – O presidente chinês, Xi Jinping, participou neste sábado (1) em Gyeongju, Coreia do Sul, da sessão de transição do anfitrião da 32ª Reunião de Líderes Econômicos da APEC na qual foi anunciado que a China sediará a próxima edição em novembro de 2026, na cidade de Shenzhen, província de Guangdong. 

É a terceira vez que a China assume como sede da APEC, após os anos de 2001 e 2014. Xi Jinping enfatizou que o país está disposto a aproveitar a oportunidade e trabalhar com todas as partes para construir uma comunidade da Ásia-Pacífico com um futuro compartilhado, promovendo o crescimento e a prosperidade na região. 

Os líderes das economias participantes do bloco expressaram a expectativa de que o “ano chinês” na APEC seja um sucesso completo. Na entrevista à nossa imprensa, o diretor executivo da Fundação de Cooperação China-EUA, John Milligan-Whyte, apontou que a China prioriza os interesses comuns do povo da Ásia-Pacífico e está enviando uma forte mensagem em prol da abertura e cooperação. Milligan-Whyte espera que a China injete mais vitalidade no desenvolvimento da região por meio de sua abertura de alto nível ao exterior.

A reunião do APEC deste ano ocorreu num momento em que o mundo passa por muitas mudanças, com destaque para a intensificação do unilateralismo e protecionismo e os impactos da guerra tarifária e comercial, aumentando assim os fatores instáveis e incertos no desenvolvimento da região Ásia-Pacífico. Neste contexto, há uma expectativa particular sobre o papel da China. 

Na Coreia do Sul, o líder chinês se pronunciou em duas sessões da reunião da APEC e enviou discurso escrito à Cúpula de Líderes Empresariais. Xi apresentou cinco propostas centrais para a construção de uma economia aberta na Ásia-Pacífico, conclamando as economias da região a intensificarem o empoderamento digital e inteligente, manterem o compromisso com o desenvolvimento verde e de baixo carbono e implementarem a inclusão e os benefícios compartilhados. Desta forma, contribuem de forma significativa para o mundo por meio da cooperação na Ásia-Pacífico mais dinâmica e resiliente.

Observadores destacararm que, ao assumir a organização da APEC, Xi Jinping sublinhou, em uma série de discursos, temas como abertura e cooperação, dando mportância para orientar a região Ásia-Pacífico e o mundo como um todo a se concentrarem na cooperação para o desenvolvimento e a resistirem a riscos e desafios.

Diante do aumento dos "ventos contrários" do protecionismo, como as economias da região Ásia-Pacífico podem superar os obstáculos e juntar esforços para abrir novo cenário de cooperação? Do ponto de vista da construção de comunidade da Ásia-Pacífico e do avanço da globalização econômica, o presidente chinês traçou o caminho a seguir. 

As cinco propostas que promovem apoio conjunto ao sistema multilateral de comércio, criação de um ambiente econômico regional aberto, manutenção da estabilidade e do fluxo contínuo das cadeias industriais e de suprimentos, avanço da transformação digital e verde do comércio e o desenvolvimento inclusivo e equitativo defendem a continuidade de dar as mãos em vez de se separar e fortalecer seus vínculos em vez de cortá-los. Essas orientações injetaram confiança e impulso na promoção da cooperação Ásia-Pacífico e esclareceram seus princípios e direção.

O desenvolvimento de alta qualidade da China está intrinsecamente ligado à Ásia-Pacífico, assim como a prosperidade e o desenvolvimento da região são inseparáveis da China. Nos primeiros três trimestres deste ano, as importações e exportações chinesas para outras economias do bloco atingiram 19,41 trilhões de yuans, um aumento de 2% frente ao mesmo período de 2024, o que representa 57,8% do valor total do comércio exterior do país. 

Desde a abertura de novas rotas marítimas, com a inauguração do Porto de Chancay, no Peru, até a construção de fábricas de veículos de energia nova por montadoras chinesas no Sudeste Asiático, vêm se desenrolando as histórias de cooperação entre a China e os parceiros econômicos na Ásia-Pacífico.

Com a "passagem do bastão" da presidência da APEC, a atenção mundial mira para a China. A declaração de Xi Jinping sobre empenho em promoção da cooperação pragmática para formar Área de Livre Comércio da Ásia-Pacífico e fortalecer a conectividade, a economia digital e a inteligência artificial traçou um panorama promissor para o "ano chinês” na APEC, trazendo boas perspectivas para a construção conjunta de uma comunidade da Ásia-Pacífico com todas as partes. 

Espera-se que o encontro do próximo ano em Shenzhen impulsione ainda mais a cooperação regional, promova o desenvolvimento e a prosperidade comuns e testemunhe a contínua oferta de novas oportunidades para a Ásia-Pacífico e o mundo, por meio das novas conquistas da modernização chinesa.

Tradução: Isabel Shi

Revisão: Patrícia Comunello

Fonte: CMG