China e Estados Unidos podem cooperar pelo sucesso recíproco e prosperidade comum
O encontro em Busan marcou a primeira reunião presencial entre Xi Jinping e Donald Trump em seis anos, e a primeira do atual mandato de Trump
CGTN – A tão aguardada reunião entre os chefes de Estado da China e dos EUA foi realizada nesta quinta-feira (30) em Busan, na Coreia do Sul. Durante o encontro, que atraiu a atenção mundial, o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente estadunidense, Donald Trump, trocaram opiniões sobre as questões estratégicas de longo prazo nas relações bilaterais, bem como sobre temas de interesse comum.
Sendo uma das mais importantes relações bilaterais do mundo, a construção de um vínculo sino-estadunidense saudável, estável e sustentável corresponde não apenas aos interesses dos dois países, mas também às expectativas da comunidade internacional.
Na relação entre China e Estados Unidos, a diplomacia entre os chefes de Estado desempenha um papel insubstituível de orientação estratégica. Desde o início de 2025, os dois presidentes realizaram três conversas telefônicas e trocaram diversas cartas, conduzindo de forma conjunta uma trajetória estável para o relacionamento entre as duas nações.
O encontro em Busan marcou a primeira reunião presencial entre Xi Jinping e Donald Trump em seis anos, e a primeira do atual mandato de Trump. Na ocasião, os dois líderes concordaram em fortalecer a cooperação nas áreas de economia, comércio e energia, além de ampliar o intercâmbio cultural e interpessoal.
Xi Jinping destacou estar disposto a continuar trabalhando com Trump para estabelecer uma base sólida nas relações entre China e Estados Unidos, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento de ambos os países.
Trump, por sua vez, afirmou que a China é “a maior parceira dos Estados Unidos” e que “os dois países, lado a lado, podem realizar muitas coisas grandiosas para o mundo”, expressando confiança no futuro da cooperação bilateral.
Os dois dirigentes também concordaram em manter contatos regulares. Trump manifestou o desejo de visitar a China no início de 2026 e convidou Xi Jinping a realizar uma visita aos Estados Unidos.
Vale notar que o encontro ocorreu poucos dias após o encerramento da 4ª Sessão Plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China.
Em Busan, Xi Jinping apresentou o andamento da sessão e a situação econômica do país, enfatizando que a China nunca teve a intenção de desafiar ou substituir outros países, mas sim de concentrar seus esforços em aprimorar o próprio desenvolvimento e compartilhar oportunidades com o mundo.
A cooperação econômica e comercial, considerada a “pedra de lastro” das relações sino-estadunidenses, foi um dos principais focos da reunião. Entre maio e setembro, as duas nações realizaram quatro rodadas de negociações e alcançaram progressos significativos em várias questões.
Poucas horas após o encontro, o Ministério do Comércio da China anunciou os resultados das consultas econômicas e comerciais realizadas em Kuala Lumpur, na Malásia. Entre as medidas, os Estados Unidos cancelarão a chamada "tarifa do fentanil" de 10% e manterão suspensa por mais um ano a tarifa de 24% sobre produtos chineses. A China, por sua vez, ajustará de forma correspondente suas contramedidas.
Além das áreas econômica e comercial, a reunião também sinalizou a intenção de intensificar o diálogo e a cooperação em temas como combate à migração ilegal, fraude nas telecomunicações e lavagem de dinheiro, assim como inteligência artificial e prevenção de doenças infecciosas.
China e Estados Unidos devem ser amigos e parceiros. Essa é uma lição da história e uma exigência da realidade. Se ambas as partes implementarem plenamente os consensos alcançados por seus líderes e mantiverem o espírito de igualdade, respeito e benefício mútuo, será possível garantir a navegação estável do grande navio das relações China-EUA, injetando mais estabilidade e previsibilidade no cenário internacional.
Fonte: CMG