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Tarifaço: Alckmin diz a empresários que governo não interfere no Judiciário

Trump justificou as tarifas com base em ações do Judiciário brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro

(Foto: Log Produções)
Redação Brasil 247 avatar
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247 - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (15) que o governo federal não pode interferir nas decisões do Judiciário, ao comentar a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente americano Donald Trump, foi justificada com base em ações do Judiciário brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e empresas de tecnologia dos EUA. As informações são do jornal O Globo.

“Primeiramente, separar questões de natureza jurídica. Como diz Montesquieu, a separação dos Poderes é pedra fundamental do Estado de Direito. O governo não tem ação sobre outro Poder. E, em relação às tarifas, trabalharemos para revertê-las. Elas são absolutamente inadequadas”, afirmou Alckmin na abertura de uma reunião com empresários da indústria nacional, em Brasília.

A declaração foi feita durante encontro que reuniu 37 representantes do setor industrial, além de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). A informação foi divulgada inicialmente pela imprensa nacional.

A nova tarifa norte-americana provocou reação imediata do Palácio do Planalto, que tenta articular uma resposta conjunta com o setor produtivo. Segundo Alckmin, o governo buscará diálogo com empresas e entidades dos EUA que mantêm integração com a cadeia industrial brasileira.

“Queremos destacar o empenho do governo federal em ouvir todo o setor privado e trabalharmos juntos para rever essa questão das tarifas norte-americanas”, disse o vice-presidente a empresários.

A criação de um comitê consultivo, sob coordenação de Alckmin, foi definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião no último domingo. A iniciativa tem como objetivo reunir representantes da indústria e do agronegócio para avaliar alternativas e estratégias diante do aumento tarifário.

A ideia do governo é transformar a crise comercial em uma agenda de união nacional, com envolvimento direto do setor produtivo, e sinalizar que a taxação imposta pelos EUA é uma questão de Estado, e não apenas de governo.

Além do encontro com a indústria pela manhã, Alckmin se reúne ainda nesta terça-feira com lideranças do agronegócio, outro setor impactado pela decisão americana. Lula, embora acompanhe de perto as articulações, não participa diretamente dos encontros.

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