Segunda edição do CNU registra mais de 761 mil inscritos e consolida modelo de acesso democrático ao serviço público
Segunda edição do “Enem dos concursos” amplia inclusão regional, reforça ações afirmativas e atrai candidatos de todo o país
247 - A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) alcançou 761.528 inscrições confirmadas, consolidando-se como uma das maiores iniciativas de recrutamento no serviço público federal. Os dados são do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), organizadores do certame. Com participantes de todos os estados e de 4.951 municípios, o CNU reforça seu papel como ferramenta de democratização no acesso a cargos públicos, com foco na equidade e na diversidade regional.
Nesta edição, são oferecidas 3.652 vagas distribuídas entre 32 órgãos e entidades federais. As provas objetivas serão aplicadas no dia 5 de outubro, e as discursivas, em 7 de dezembro, em 228 cidades brasileiras. A estrutura foi desenhada para garantir maior proximidade entre candidatos e locais de prova, reduzindo desigualdades de acesso.
Sudeste e Nordeste lideram inscrições - A distribuição regional dos inscritos demonstra o alcance nacional do CNU. As regiões Sudeste (247.838) e Nordeste (229.436) lideram em número de participantes. Em seguida aparecem Centro-Oeste (150.870), Norte (84.651) e Sul (48.733). O modelo unificado possibilita uma participação ampla e descentralizada, refletindo o compromisso com a inclusão de talentos de todas as regiões do país.
Cresce a participação feminina - As mulheres representam 60% do total de inscritos, superando os 56,2% registrados na primeira edição. Para estimular essa participação, o edital do CNU 2 trouxe medidas específicas, como a previsão de equilíbrio de gênero na transição para a segunda etapa do concurso.
De acordo com as regras, quando houver desequilíbrio entre homens e mulheres classificados nas provas objetivas, será aplicada uma equiparação para garantir que ao menos 50% das vagas da etapa discursiva sejam destinadas a mulheres, desde que apresentem desempenho mínimo exigido.
Áreas mais procuradas - O bloco temático com maior número de inscrições foi o Bloco 9 – Intermediário – Regulação, com 177.598 candidatos. Na sequência, estão:
- Bloco 5 – Administração: 173.829 inscritos
- Bloco 1 – Seguridade Social: Saúde e Assistência: 127.970
- Bloco 2 – Cultura e Educação: 69.507
- Bloco 7 – Justiça e Defesa: 54.029
- Bloco 6 – Desenvolvimento Socioeconômico: 44.441
- Bloco 4 – Engenharia e Arquitetura: 41.245
- Bloco 8 – Intermediário – Saúde: 37.075
- Bloco 3 – Ciências, Dados e Tecnologia: 35.834
Os blocos 9 e 8 são voltados a cargos de nível intermediário (ensino médio ou técnico), enquanto os demais exigem formação superior. Os candidatos escolhem um bloco temático e indicam sua ordem de preferência entre os cargos disponíveis, podendo concorrer a mais de uma vaga com base no desempenho nas provas.
Inclusão e diversidade como pilares - O concurso prevê medidas afirmativas robustas. Estão reservadas:
- 25% das vagas para pessoas negras
- 5% para pessoas com deficiência
- 3% para indígenas
- 2% para pessoas quilombolas
Gestantes e lactantes terão direito a condições especiais, como tempo adicional para amamentação e atendimento adequado durante as provas.
Fortalecimento do serviço público - O número expressivo de inscritos no CNU 2 se soma às 6.640 vagas ofertadas no CNU 1 e às 4.505 vagas de mais de 43 concursos realizados desde 2024, evidenciando uma fase de fortalecimento do serviço público no país. O modelo do CNU tem contribuído para atrair profissionais com formações diversas e para reposicionar o funcionalismo como uma carreira de prestígio e relevância nacional.
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