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Rejeição à direita dispara após tarifaço e condenação de Bolsonaro; avaliação de Lula permanece estável

Pesquisa mostra que imagem negativa de Tarcísio, Michelle e Bolsonaro aumentou após sanções dos EUA e julgamento da trama golpista

Bandeira do Brasil em ato contra a anistia (Foto: Reprodução / Redes sociais)

247 - A rejeição a lideranças da direita associadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro aumentou nos últimos meses, impulsionada pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos e pelo julgamento do esquema golpista. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve sua avaliação estável, segundo dados divulgados pela pesquisa “A Cara da Democracia”. As informações são do jornal O Globo.

O levantamento foi realizado entre 17 e 26 de outubro com 2.510 eleitores em todo o país. A pesquisa foi conduzida por pesquisadores da UFMG, Unicamp, UnB, Uerj e Enap, com apoio do CNPq e da Fapemig, e possui margem de erro de dois pontos percentuais.

Os números revelam que 55% dos entrevistados afirmam não gostar ou gostar pouco de Bolsonaro, ante 49% em 2024. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também registrou alta na rejeição, que passou de 33% para 44%. A parcela dos que dizem não conhecê-lo caiu de 26% para 10%, enquanto o grupo que “gosta muito” do governador permaneceu em 16%.

Apesar do avanço, Tarcísio ainda tem índice de rejeição menor que outros nomes da direita e mais próximo ao de Lula. Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) teve seu índice negativo elevado de 49% para 54%.

A pesquisa indica ainda que 55% dos brasileiros desaprovam o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e 60% afirmam rejeitar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que apoiou as sanções americanas contra produtos brasileiros. Não há dados comparativos de 2024 para esses dois nomes.

No caso de Lula, a rejeição permaneceu praticamente inalterada, oscilando de 40% para 41%, enquanto o número dos que dizem gostar ou gostar muito dele subiu ligeiramente, de 35% para 36%.

O levantamento também revela ampla rejeição à taxação americana sobre produtos brasileiros. Segundo a pesquisa, 77,2% dos entrevistados se dizem contra o tarifaço. A reação popular negativa à medida levou a uma reaproximação entre Lula e Trump, que têm buscado um acordo para suspender as tarifas impostas por Washington.

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