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PT pede que PGR investigue Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer por incitação de atos antidemocráticos

PT acusa Nikolas Ferreira e Gayer de incitar a desobediência civil e violência por meio de postagens em redes sociais

Nikolas Ferreira (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

247 - O PT formalizou uma queixa na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de investigação contra os deputados federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer, ambos do Partido Liberal (PL). O pedido também solicita o bloqueio imediato das redes sociais dos parlamentares, devido a publicações que, segundo a legenda, incitam atos antidemocráticos.

Segundo o Metrópoles, o PT afirma que os deputados tentaram estabelecer um paralelo entre as mobilizações sociais no Nepal, acontecidas nesta semana, e a atual situação política no Brasil. A legenda considera que essas postagens “configuram clara tentativa de insuflar nova ruptura democrática e incentivar atos de desobediência civil com potencial de resultar em violência política, caos institucional e graves violações de direitos humanos”

Incitação a atos violentos e caos institucional

De acordo com o documento enviado à PGR, as postagens de Ferreira e Gayer foram comparadas a protestos no Nepal, que resultaram em "caos social, mortes e episódios de violência extrema", incluindo torturas públicas. O PT argumenta que incentivar a repetição de tal cenário no Brasil traria “risco concreto e iminente à paz social e à segurança da população”.

Reação do PT e pedido de medidas urgentes

A ação foi assinada pelo deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados. Reimont destacou a urgência de uma resposta das autoridades competentes, apontando que o discurso radical tem o potencial de agravar ainda mais o quadro político e social no Brasil. Para o PT, é fundamental que se tomem medidas rápidas para evitar um cenário de violência e desestabilização no país.

Agitação no Nepal

A agitação é a pior em décadas no pobre país do Himalaia, que fica entre a Índia e a China e tem enfrentado instabilidade política e incerteza econômica desde que os protestos levaram à abolição de sua monarquia em 2008, de acordo com a Reuters. De acordo com a Sputnik, os atos foram desencadeados pela proibição de várias grandes redes sociais.

Paralelamente, pelo menos 1.500 presos fugiram da prisão de Nakkhu, em Lalitpur, durante os protestos, segundo o portal Khabarhub.Mais tarde, no mesmo dia, ocorreu um tiroteio no prédio da sede da polícia do Nepal, relataram meios de comunicação locais.

A esposa do ex-primeiro-ministro do Nepal, Jhalanath Khanal, que havia ficado ferida depois que sua residência foi incendiada durante protestos antigoverno no país, morreu, informou nesta terça-feira o portal Khabarhub. Mais cedo, o veículo havia relatado que a esposa de Khanal estava em estado crítico devido às queimaduras sofridas. 

O número de feridos nos protestos na capital do Nepal, Katmandu, ultrapassou 500 pessoas. Como resultado dos confrontos entre manifestantes e forças de segurança na segunda-feira, 22 pessoas morreram, segundo o Himalayan Times. Três policiais foram mortos durante os distúrbios na capital. Os manifestantes atacaram uma prisão na cidade de Dhangadhi, de onde centenas de detentos conseguiram escapar. 


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