Presidente nepalês nega renúncia enquanto protestos violentos aumentam; ex-primeira-dama é morta e residência oficial incendiada
A agitação é a pior em décadas no pobre país do Himalaia
247 - O jornal India Today informou nesta terça-feira (9) que o presidente do Nepal, Ram Chandra Paudel, renunciou em meio à onda de instabilidade no país. Contudo, o gabinete negou as informações de que ele teria renunciado.
De acordo com a publicação, manifestantes no Nepal divulgaram uma carta afirmando que o país está sob sua liderança e pedindo a formação de um “governo civil liderado por uma pessoa universalmente aceitável”, além da realização de eleições.
Segundo o portal Khabarhub, manifestantes incendiaram a residência oficial de Paudel nesta terça. De acordo com a publicação, os manifestantes entraram pelo portão principal e, em seguida, atearam fogo ao prédio. Manifestantes invadiram o prédio do parlamento, informou o jornal Himalayan Times.
A agitação é a pior em décadas no pobre país do Himalaia, que fica entre a Índia e a China e tem enfrentado instabilidade política e incerteza econômica desde que os protestos levaram à abolição de sua monarquia em 2008, de acordo com a Reuters.
De acordo com a Sputnik, os atos foram desencadeados pela proibição de várias grandes redes sociais.
Paralelamente, pelo menos 1.500 presos fugiram da prisão de Nakkhu, em Lalitpur, durante os protestos, segundo o portal Khabarhub.
Mais tarde, no mesmo dia, ocorreu um tiroteio no prédio da sede da polícia do Nepal, relataram meios de comunicação locais.
A esposa do ex-primeiro-ministro do Nepal, Jhalanath Khanal, que havia ficado ferida depois que sua residência foi incendiada durante protestos antigoverno no país, morreu, informou nesta terça-feira o portal Khabarhub.
Mais cedo, o veículo havia relatado que a esposa de Khanal estava em estado crítico devido às queimaduras sofridas.
O número de feridos nos protestos na capital do Nepal, Katmandu, ultrapassou 500 pessoas. Como resultado dos confrontos entre manifestantes e forças de segurança na segunda-feira, 22 pessoas morreram, segundo o Himalayan Times. Três policiais foram mortos durante os distúrbios na capital.
Os manifestantes atacaram uma prisão na cidade de Dhangadhi, de onde centenas de detentos conseguiram escapar. (Com informações da Sputnik).