Presidente da CPMI aciona polícia para localizar Careca do INSS
Carlos Viana afirma que a comissão não obteve resposta dos advogados de Antônio Carlos Camilo Antunes, o 'Careca do INSS'
247 - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social, enfrenta dificuldades para localizar Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "Careca do INSS". Segundo o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a comissão solicitou à Polícia Legislativa que intimasse o suspeito, após tentativas frustradas de contato com seus advogados. As informações são do g1.
"Nós buscamos primeiramente contato com os advogados de defesa para que eles pudessem marcar, inclusive, o dia que viriam. Mas como os advogados também não responderam, a intimação foi enviada por meio policial", explicou Viana. Ele também afirmou que está aguardando a confirmação de que a intimação foi efetivada pela polícia.
Antônio Carlos Camilo Antunes é considerado pela Polícia Federal uma figura central no esquema de fraudes no INSS. Ele é apontado como facilitador das irregularidades, atuando como intermediário entre empresas e as entidades envolvidas no esquema. Além dele, a CPMI também solicitou a intimação de Maurício Camisotti, identificado como sócio oculto de uma das entidades fraudulentas e beneficiário das fraudes na Previdência Social.
Em relação a Antunes, o presidente da comissão destacou que, na semana anterior, a CPMI havia aprovado um pedido de prisão preventiva e quebra de sigilo bancário tanto para ele quanto para Camisotti. Esse pedido foi encaminhado à Polícia Federal, que aguarda a autorização da Justiça para dar seguimento às prisões.
A investigação envolve um esquema bilionário de desvios de recursos destinados a aposentadorias e pensões, o que tem mobilizado a Polícia Federal e as autoridades competentes. "Nós estamos aguardando, naturalmente, que a polícia nos responda se já foi efetivada essa comunicação", completou Viana, que acompanha de perto o andamento das investigações.
Na próxima semana, a CPMI também ouvirá dois ex-ministros da Previdência. O primeiro a ser ouvido será Carlos Lupi, ministro na gestão em que o escândalo veio à tona. Seu depoimento está marcado para segunda-feira (8), às 16h. Na sequência, o ex-ministro José Carlos Oliveira, que ocupava o cargo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), também será ouvido. O depoimento de Oliveira está agendado para quinta-feira (11). Esses depoimentos são considerados fundamentais para esclarecer a extensão das fraudes e a responsabilidade dos envolvidos no esquema.