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      Moraes ameaça prender Aldo Rebelo durante audiência da ação do golpe

      Ex-ministro foi ouvido como testemunha do almirante Almir Garnier

      Aldo Rebelo (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
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      Andre Richter - Repórter da Agência Brasil

      O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou prender nesta sexta-feira (23) o ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo durante a audiência na qual a Corte ouve testemunhas de defesa dos réus do núcleo 1 da trama golpista.

      Rebelo foi indicado como testemunha do ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Durante a oitiva, Moraes, que preside a audiência, afirmou que o deputado deveria responder objetivamente aos questionamentos.

      Em determinado momento da audiência, que foi realizada por videoconferência, Aldo Rebelo disse que não admitia censura e foi repreendido pelo ministro.

      “Se o senhor não se comportar, será preso por desacato”, disse Moraes.

      Em seguida, os ânimos se acalmaram e o depoimento seguiu normalmente.

      O episódio ocorreu após Aldo tentar interpretar a suposta fala de Garnier em uma reunião golpista realizada por Bolsonaro, em 2022, para apresentar estudos para a decretação de medidas de exceção aos comandantes das Forças Armadas.

      Conforme a investigação, Garnier teria colocado a Força à disposição de Bolsonaro no caso da decretação de um estado de sítio ou de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no final de 2022.

      Aldo disse que a língua portuguesa é repleta de “força de expressão”, mas a fala irritou o ministro.

      “O senhor estava na reunião? Então, não tem condições avaliar a língua portuguesa”, afirmou Moraes.

      Depoimentos

      Entre os dias 19 de maio e 2 de junho, serão ouvidas testemunhas indicadas pela acusação e as defesas dos acusados.

      Após os depoimentos das testemunhas, Bolsonaro e os demais réus serão convocados para o interrogatório. A data ainda não foi definida.

      Núcleo 1

      Os oito réus compõem o chamado núcleo crucial do golpe, o núcleo 1, e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. São eles:

      • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
      • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022;
      • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
      • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
      • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
      • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
      • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
      • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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