Lula sinaliza para encontro presencial com Trump
Sinalização de Lula contrasta com a proposta inicial do Itamaraty, que defende um diálogo remoto para evitar possíveis constrangimentos
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou nesta segunda-feira (29) que a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá acontecer de forma presencial. A sinalização Lula contrasta com a proposta inicial do Itamaraty, que sugeria um diálogo remoto para evitar possíveis constrangimentos. A aproximação entre os dois líderes começou com um cumprimento de apenas 30 segundos durante a Assembleia Geral da ONU, na semana passada, em Nova York.
“Eu brinco muito com a ‘Janjinha’ [primeira–dama, Rosângela da Silva] dizendo para ela que a Unesco já me deu uns dez prêmios de mulher mais bem casada do planeta Terra. E quando eu for conversar com Trump, eu vou levá-la. Eu quero que ele veja”, disse Lula durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, em Brasília, sinalizando que a reunião com Trump poderá acontecer de forma presencial, de acordo com O Globo.
Diplomatas brasileiros, contudo, preferem que o encontro seja realizado por videoconferência ou ligação, lembrando episódios em que Trump expôs líderes estrangeiros a situações embaraçosas, como o ucraniano Volodymyr Zelensky e o sul-africano Cyril Ramaphosa, durante encontros na Casa Branca.
Lula sanciona novas medidas voltadas às mulheres
Durante o evento em Brasília, Lula sancionou uma lei que amplia em até 120 dias a licença-maternidade após a alta hospitalar da mãe e do recém-nascido.
Ele também reforçou a necessidade de pressão social para garantir a implementação da lei da igualdade salarial entre homens e mulheres, aprovada em 2023. "Entre a gente aprovar uma lei, a gente regulamentar e as mulheres começarem a receber o salário igual vai ter muita briga, vai ter muito processo, vai ter muita Justiça porque é difícil você fazer as pessoas mudarem de hábito quando se trata de colocar um pouquinho de din din na mão do povo trabalhador", disse o presidente. .
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, acrescentou que o governo pretende levar ao Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o "Conselhão", propostas para garantir a efetividade da norma. Segundo o Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, as mulheres no Brasil recebem em média 20,9% a menos do que os homens em funções equivalentes.