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"Lula deu uma aula de política na ONU", diz Márcio Macêdo

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República afirma que Lula “voltou de Nova York trazendo o respeito do mundo”

Luiz Marinho, Lula e Márcio Macêdo - 13/08/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), exaltou nesta sexta-feira (26) a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na abertura da Assembleia-Geral da ONU, realizada na última terça-feira (23), em Nova York. Durante a cerimônia Participação Social e Saúde – Mais avanços do Novo Acordo do Rio Doce, em Brasília, Macêdo afirmou que Lula saiu do encontro com uma imagem fortalecida no cenário internacional.

O ministro destacou que o discurso do presidente repercutiu globalmente. “Quero cumprimentar meu querido presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que voltou de Nova York trazendo o respeito do mundo por ter, num mundo em conflito, apontado caminhos para a paz, para o respeito à soberania das nações e à autodeterminação dos povos. E deu uma aula de política lá na ONU”, declarou.

O discurso de Lula na ONU

No plenário da ONU, Lula defendeu o fortalecimento do multilateralismo e criticou intervenções unilaterais e sanções arbitrárias que, segundo ele, minam a soberania das nações. O presidente também ressaltou a importância da democracia como pilar contra o autoritarismo, lembrando a recente condenação de Jair Bolsonaro (PL) por atentar contra o Estado Democrático de Direito.

O chefe do Executivo destacou ainda que a luta contra a fome e a pobreza deve ser prioridade global. Citou como exemplo a saída do Brasil do Mapa da Fome em 2025, resultado de políticas públicas de segurança alimentar, mas alertou que mais de 670 milhões de pessoas ainda vivem em situação de fome no mundo. “A única guerra de que todos podem sair vencedores é a que travamos contra a fome e a pobreza”, afirmou.

Temas internacionais e regionais

Lula também abordou conflitos atuais, com ênfase na guerra na Ucrânia e no agravamento do genocídio em Gaza. Condenou tanto os atentados do Hamas quanto o genocídio do povo palestino, denunciando o uso da fome como arma de guerra. Defendeu a criação de um Estado palestino independente como única saída duradoura para o conflito.

Na pauta climática, o presidente alertou que o ano de 2024 foi o mais quente já registrado e ressaltou a importância da COP30, que será realizada em Belém, em 2025. Segundo Lula, o encontro deverá ser a “COP da verdade”, momento em que líderes mundiais precisarão provar compromisso efetivo com a preservação ambiental.

O discurso de Lula chamou atenção também pelo gesto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que discursou na sequência e fez elogios ao mandatário brasileiro. A fala do republicano, aliado do bolsonarismo no Brasil, foi interpretada como um movimento de aproximação com o governo brasileiro.

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