Jader Filho repercute ampliação do Minha Casa, Minha Vida à população de rua: "também querem realizar o sonho da casa própria”

247 - O ministro das Cidades, Jader Filho, detalhou nesta quarta-feira (23) as recentes mudanças no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), durante entrevista ao programa "Bom Dia, Ministro". 

As novidades incluem a destinação de 3% das moradias para pessoas em situação de rua e a criação de uma nova faixa de financiamento voltada à classe média.​

Inclusão de pessoas em situação de rua

Conforme anunciado, 3% das unidades habitacionais subsidiadas pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) serão destinadas a pessoas em situação de rua ou com trajetória de rua. A medida abrangerá 38 municípios, incluindo todas as capitais brasileiras e cidades com mais de mil pessoas cadastradas como "sem moradia" no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

"Essas cidades têm a obrigação de distribuir, no mínimo, 3% de todos os empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida [a serem lançados nos municípios] aos moradores que estão em situação de rua. Veja bem: isso não é o limite, mas o piso a ser atendido nessas 38 cidades", afirmou Jader Filho.​

As moradias serão doadas integralmente às famílias beneficiadas, com recursos do Orçamento Geral da União. Além da entrega das residências, haverá acompanhamento para promover a reintegração social dos beneficiários, incluindo acesso ao mercado de trabalho, saúde e educação.

Nova faixa para a classe média

Outra mudança significativa no MCMV é a criação da Faixa 4, destinada a famílias com renda mensal entre R$ 8.600,01 e R$ 12 mil. Essa nova categoria permitirá o financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, com prazo de pagamento de até 420 meses e taxa de juros nominal de 10% ao ano, inferior às taxas praticadas pelo mercado

"Com isso, o 'Minha Casa, Minha Vida' está atendendo a classe média, que estava desatendida por causa da ausência de recursos", explicou o ministro. A expectativa é beneficiar cerca de 120 mil famílias até 2026, com um investimento total de R$ 30 bilhões provenientes do Fundo Social do Pré-Sal, complementados por recursos da poupança e da Letra de Crédito Imobiliário (LCI) .​

Jader Filho destacou que a nova faixa não impõe exigências específicas quanto às características dos imóveis, permitindo que as famílias escolham residências conforme suas preferências e necessidades. "O que a gente quer é dar o direito de as famílias escolherem o imóvel da preferência delas", afirmou.​