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      Hacker forjou mandado de prisão contra Felca por pedofilia

      Jovem de 22 anos, apontado como líder de organização criminosa que atuava no submundo da internet, foi preso em Pernambuco

      Cayo Lucas foi preso em Pernambuco por investigadores da Polícia Civil de São Paulo (Foto: Reprodução)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - Apontado como líder de uma organização criminosa virtual, o jovem Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, foi preso nesta segunda-feira (25/8) em Olinda (PE). De acordo com reportagem do Metrópoles, ele é acusado de ter forjado um mandado de prisão contra o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, atribuindo-lhe falsamente crimes de pedofilia.

      Segundo as investigações da Polícia Civil de São Paulo, Cayo — que usava os codinomes F4llen e Lucifage — comandava um grupo chamado Country, responsável por fraudes digitais, crimes sexuais contra menores e ataques cibernéticos a sistemas de alta segurança. A polícia estima que pelo menos 400 pessoas tenham sido vítimas da quadrilha.

      Entre os alvos escolhidos pela organização estava Felca, que teria sido retaliado após denunciar em seus conteúdos a adultização de crianças na internet. A denúncia do influenciador havia ganhado repercussão nacional e levou à prisão de outro criador de conteúdo, Hytalo Santos, no último dia 15, acusado de tráfico humano e exploração sexual infantil.

      As apurações revelaram que Cayo não apenas acessava ilegalmente sistemas de órgãos públicos, mas também manipulava documentos oficiais. De acordo com o Núcleo de Observação e Análise Digital (NOAD), da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), ele emitiu um malote digital fraudado em nome do Poder Judiciário, com inserção no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), solicitando a prisão preventiva de Felca.

      No falso mandado, era alegado que a prisão do youtuber serviria para “garantir a ordem pública e a segurança das vítimas”. O documento ainda atribuía a ele “crimes contra a dignidade sexual de menores”, mencionando “autoria e materialidade suficientes para a deflagração da presente medida”.

      As fraudes teriam envolvido também acessos indevidos a malotes digitais da Receita Federal e das polícias civis de São Paulo, Ceará e Pernambuco. Além de Cayo, um adolescente de 17 anos também foi identificado como participante do grupo e vinha sendo monitorado pela polícia desde o segundo semestre de 2024.

      Até o momento, a defesa de Cayo não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.

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