Governo Lula diz ao MST que retomou ritmo da reforma agrária

247 - O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) reagiu nesta terça-feira (22) à carta pública divulgada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em que o grupo critica o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo que chama de lentidão na condução da reforma agrária. Em nota oficial, o MDA afirmou que a atual gestão "retomou o ritmo da reforma agrária no país" e prometeu a criação de 60 mil novos lotes até o final do mandato. As informações são da CNN Brasil.

Segundo a pasta, 14 mil novos lotes devem ser disponibilizados ainda em 2024, e 30 mil em 2025. A meta, de acordo com o ministério, é contemplar metade das 120 mil famílias acampadas no país. “A meta é criar 30 mil novos lotes ainda em 2025 e 60 mil até o final do mandato, o que representa metade de todas as 120 mil famílias acampadas em todo o Brasil”, informou o ministério.

A resposta foi divulgada um dia após o MST tornar pública uma carta aberta à sociedade brasileira, com o título "Lula, cadê a reforma agrária?", em que cobra avanços nas políticas públicas voltadas ao campo. O movimento afirma que "cerca de 400 mil famílias assentadas ainda aguardam pela implementação de políticas públicas que garantam a reforma", e critica o que chama de falta de ação do governo federal. “A morosidade do governo, por meio dos seus ministérios, em especial, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (INCRA), só aumenta o desânimo e potencializa ainda mais os conflitos sociais”, diz o texto.

Em resposta às críticas, o MDA destacou os desafios econômicos enfrentados pelo governo na área, como o aumento expressivo no valor das terras. “O preço médio das terras no Brasil subiu 113% nos últimos cinco anos”, justificou o ministério. Ainda assim, a pasta defendeu os esforços da atual gestão: “Respeitamos o papel dos movimentos sociais de reivindicar, mas a verdade é que o governo Lula 3 caminha para bater recordes históricos na reforma agrária”, afirmou.

A carta do MST foi divulgada às vésperas do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural, celebrado em 25 de julho. Segundo o movimento, o objetivo do documento é “pautar o governo Lula pelo avanço das políticas de reforma agrária”.