Gleisi celebra aprovação da isenção do IR e chama votação de "vitória do povo"
Ministra das Relações Institucionais destacou consenso inédito na Câmara e agradeceu apoio de líderes partidários
247 - A aprovação unânime do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 e prevê descontos graduais para salários de até R$ 7.350 foi celebrada como um marco político pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. “Hoje foi um dia histórico, que abre caminho em direção à justiça tributária, compromisso do presidente Lula com o Brasil. O projeto de Isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, aprovado na Câmara, é grande vitória do povo brasileiro”, afirmou.
O texto foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (1º/10) com 493 votos a favor e nenhum contrário, em uma rara demonstração de consenso entre partidos de diferentes espectros políticos. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), conduziu a votação e ressaltou que “é dinheiro que garante comida nas mesas das famílias”.
Na tribuna, Gleisi agradeceu os líderes partidários que apoiaram a proposta e citou nominalmente Hugo Motta e o relator Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Casa. “Quero agradecer a todos(as) que estiveram conosco nessa caminhada. Agradecer o presidente Hugo Motta, o relator Arthur Lira e os líderes dos partidos para o resultado dessa votação tão importante para o país. E temos certeza de que assim será também no Senado. Viva o Brasil!”, disse a ministra, que acompanhou a sessão no plenário.
Parlamentares da base do governo classificaram o resultado como uma conquista histórica. O líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que “são 15 milhões de brasileiros beneficiados” e que o número de pessoas que passará a pagar mais imposto será reduzido a “141 mil pessoas, ou 0,06% da população”. Ele chamou a aprovação de uma “retumbante vitória do povo brasileiro”.
Além da base governista, partidos da oposição também aderiram. O União Brasil, Progressistas, PSD, Republicanos, PSB, PDT, PSOL e até o PL, legenda de Jair Bolsonaro, orientaram voto favorável. “Reduzir carga tributária é dever do PL”, afirmou o líder da sigla, Sóstenes Cavalcante (RJ).
Com a aprovação na Câmara, o texto segue para análise do Senado. Caso seja validado, a nova tabela do IR entrará em vigor em 2026, marcando a maior reformulação recente do tributo e impactando diretamente a vida de milhões de brasileiros.